A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, e o embaixador da Irlanda no Brasil, Seán Hoy, inauguraram na manhã de sexta-feira (24) mural no Instituto de Artes (IdA) em homenagem aos 100 anos do romance Ulysses, de James Joyce. A obra foi realizada pela estudante Bárbara Lopes, vencedora do concurso cultural Ulysses 100 pelos olhos brasileiros.
A Embaixada e o Consulado-Geral da Irlanda em São Paulo estabeleceram parceria com 18 universidades por todo o Brasil para que fosse concebida uma interpretação visual de cada um dos 18 capítulos do livro, marco da literatura mundial. À UnB coube o capítulo 9, Cila e Caríbdis, agora estampado visualmente em uma das paredes externas do Instituto de Artes.
Em sua segunda graduação na UnB, Bárbara Lopes agradeceu aos professores que a ajudaram a "desvendar palavras" e compreender os detalhes de uma narrativa bastante complexa. "Conhecia o livro por ser muito famoso, mas nunca tinha lido. E comecei por um capítulo que não é o primeiro", contou a estudante em vídeo enviado para a cerimônia de inauguração.
O embaixador Séan Hoy chamou atenção para a diversidade de interpretações que os estudantes brasileiros fizeram do clássico literário. "A Irlanda entregou essa obra-prima ao mundo há 100 anos. E agora temos de volta obras-primas nas universidades brasileiras com olhares muito interessantes", ressaltou. Ele revelou também a intenção de juntar imagens dos trabalhos vencedores em livro comemorativo.
Ao lado do secretário de Assuntos Internacionais da UnB, Virgílio Pereira de Almeida, a reitora Márcia Abrahão parabenizou a iniciativa, que integra as comemorações dos 60 anos da Universidade.
A reitora também realçou a qualidade do trabalho apresentada pela graduanda Bárbara Lopes, com o suporte de professores tanto do IdA como do Instituto de Letras. "É mais um passo de internacionalização da UnB", disse.
Em 16 de junho, a Irlanda comemora o Bloomsday, especialmente dedicado a homenagear o protagonista do Ulysses, Leopold Bloom. A obra conta um dia na vida de Bloom e de outras personagens na cidade de Dublin, em 1904. Ao longo dos capítulos, James Joyce descreve dilemas e adversidades, numa narrativa experimental repleta de símbolos e referências, em linguagem que inventa palavras e dá novos sentidos a outras.
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