
O Memorial Darcy Ribeiro (Beijódromo) sediou nesta semana a abertura do Seminário Nacional de Cultura e Educação: Aprender para Construir, realizado em parceria pelos Ministérios da Cultura (MinC) e da Educação (MEC). Durante os três dias de evento, cinco painéis debateram temas diversos com o propósito de fomentar a implementação de políticas públicas que integram arte, cultura e educação.
“Esse seminário conjunto é uma proposta de refletir, debater e propor a reconstrução de políticas públicas que destaquem essa integração e a importância de criar um ambiente escolar usando a arte e a cultura como ferramentas de expansão do ambiente pedagógico”, disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes, a um auditório lotado na abertura do evento, na quarta (14).
“Com certeza vamos empregar processos de formação muito melhores com essa dimensão bem trabalhada. A gente está formando essa grande rede, exatamente, para articular as áreas de cultura e educação”, afirmou a secretária executiva do Ministério da Educação, Izolda Cela.
"Foi uma honra receber o Seminário Nacional de Cultura e Educação, na Universidade de Brasília. Tivemos mais uma demonstração do respeito e proximidade do governo federal com as universidades. Vivemos um novo momento no país, em que a educação, a cultura, a ciência e a pesquisa voltam a ser pautas prioritárias, e nós, como universidade, temos um papel fundamental no processo de desenvolvimento social do Brasil", ressaltou a reitora Márcia Abrahão.
O seminário é o primeiro passo da estratégia conjunta para a formação de repertórios e democratização de atividades culturais e educativas. Para permitir essa articulação entre as áreas, as universidades vão assumir um papel de destaque. “É nas universidades onde muitas ações são criadas e expandidas para comunidade, fazendo uma interlocução muito importante”, explicou Naine Terena, diretora de educação e formação artística do MinC.

Todos os painéis do evento foram transmitidos on-line pelo canal do Ministério da Educação no YouTube. Além dos painéis abertos ao público, o seminário ainda contou com a discussão em câmaras técnicas.
A atividade foi restrita aos participantes do primeiro encontro dos grupos de trabalho dos dois ministérios envolvidos na realização, que devem propor um calendário de encontros e estratégias de atuação, além de fomentar um termo que virará o decreto que irá instituir a relação de trabalho.
DEMOCRATIZAÇÃO – O seminário representou uma oportunidade para discutir as interfaces entre o Plano Nacional de Cultura, o Plano Nacional de Educação e o Plano Nacional de Livro e Leitura, dando destaque às políticas de formação artística cultural e à democratização do acesso ao livro e formação de leitores.
Além disso, teve como objetivo apontar possíveis ações com ênfase na promoção da cidadania e no respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental, contribuindo para a qualificação da educação e para desenvolvimento cultural.
O encerramento do evento aconteceu na tarde desta sexta-feira (16), com a participação das escritoras Conceição Evaristo, Graça Graúna e Eliane Cruz, e mediação do secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba.
“Como uma escritora que publica, sou fruto de uma política pública de cultura. Acho que a literatura e a arte nos dão uma oportunidade de olhar a vida sem a pressa. Se existe um lugar em que podemos mudar o mundo, é na cultura, arte e educação”, defendeu a jornalista Eliane Cruz, durante o encerramento.
Veja o que aconteceu na abertura do Seminário Nacional da Cultura e Educação:
*com informações do Ministério da Cultura (MinC) e da UnBTV