AMPLIAÇÃO INTERNACIONAL

Instituto Rei Sejong promove eventos com o objetivo de integrar e fornecer conhecimento sobre a sociedade e o idioma sul-coreano

“A nossa filosofia é a de não nos isolarmos dentro da Universidade. E sempre buscar uma abordagem e estar de braços abertos para comunidade”, ressalta o diretor do Instituto Rei Sejong Brasília, Marcus Tanaka. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Termos como K-pop e K-drama passaram a fazer parte do vocabulário brasileiro. O primeiro faz referência aos grupos de música pop, bastante apreciados, em especial, por jovens. K-drama corresponde às produções audiovisuais, que se tornaram mais conhecidas e acessíveis com a profusão dos canais de streaming. A letra inicial "K" significa que são produtos culturais oriundos da Coreia – que são, cada vez mais, alvo de interesse no Brasil. O Instituto Rei Sejong Brasília é um dos portais de acesso ao ensino da língua e da cultura sul-coreana para a comunidade acadêmica e externa, na Universidade de Brasília. Com aulas ministradas no Instituto de Letras (IL), a organização surgiu da parceria entre a Fundação Rei Sejong, a Sociedade Brasil-Coreia (Kobras) e a UnB e opera desde 2018.

 

Ao longo dos meses, o Instituto realiza diversas atividades, que alcançam o ápice no período final de cada ano, com vários eventos destinados ao público. Marcus Tanaka, diretor do Instituto, explica que, durante o ano, é comum a realização de até duas apresentações culturais, direcionadas aos alunos ou abertas à comunidade em geral.

 

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Algumas novidades foram introduzidas em 2023. É o caso do Primeiro Festival Cultural, uma iniciativa do UnB Idiomas, realizada no Instituto Central de Ciências (ICC), no campus Darcy Ribeiro, em novembro. Representando o Instituto Rei Sejong estavam Marcus Tanaka, a coordenadora Chorong Lee, os docentes Kwahng - Baek, Youn Ju Shin, e a estagiária Duda Franco.

 

Para Tanaka, o evento é a possibilidade de alcançar um público maior. Na ação foi evidenciada a atual relevância do estudo do idioma coreano, que resulta, inclusive, em oportunidades no mercado de trabalho. Houve também uma miniaula de línguas asiáticas, com o curso de Japonês ofertado pelo UnB Idiomas e o Instituto Confúcio da UnB (IC).

Diretor Instituto Rei Sejong Brasília, Marcus Tanaka (de roxo), e parceiros, no Festival Cultural do UnB Idiomas. Foto: Divulgação

 

“Buscamos fazer eventos ao ar livre para divulgar o Instituto. Basicamente, essa é a nossa filosofia de não nos isolarmos dentro da Universidade. E sempre buscar uma abordagem e estar de braços abertos para comunidade”, diz o diretor.

 

OUTRAS HISTÓRIAS  Como parte da proposta de ampliar o conhecimento acerca do país asiático, o Instituto Rei Sejong Brasília exibiu o filme sul-coreano Welcome to Dongmakgol (2005, direção de Kwang-Hyun Park), no auditório I da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), para os estudantes da organização. 

 

Segundo o diretor do Instituto, a obra cinematográfica mostra a experiência dos cidadãos para além da questão geopolítica durante a Guerra da Coreia (1950 – 1953), que resultou na divisão da região em países distintos.

 

“Quando esse filme estreou, foi a quarta maior bilheteria na Coreia do Sul e segue assim até o momento. Em 2005 ganhou prêmios, só que ficou restrito a algumas localidades do país em comparação a outros filmes que vieram depois e que, com o crescimento da indústria, alcançaram o globo”, aponta.

 

“Estamos resgatando um pouco do cinema que veio antes dos filmes que conseguiram visibilidade, como também aproveitando para explicar esse momento da história da Coreia. Nós que estamos aqui hoje de forma alguma tivemos uma experiência parecida com a de uma guerra, do modo que foi vivenciada na década de 1950 e que ainda hoje tem consequências”, completa Marcus Tanaka.

 

No evento, o representantes da Embaixada da República da Coreia Haneul Seong e Donggeun Jeong expressaram agradecimentos pelo convite e surpresa ao constatarem o interesse dos discentes pela cultura coreana.

 

APROFUNDAMENTO DAS RELAÇÕES – Segundo Marcus Tanaka, há necessidade de mais pesquisas a respeito das relações econômicas da Coreia com o Brasil. “A área de estudos na Ásia, em geral, e na Coreia, em específico, ainda carece de mais pesquisadores no Brasil. Apesar de termos pessoas que trabalham o assunto, comparado com estudiosos que atuam em outros países ocidentais é um número pequeno diante a importância que a Ásia possui tanto economicamente, quanto geopoliticamente ao longo dos anos”, analisa.

 

Informações sobre as atividades realizadas pelo Instituto Rei Sejong Brasília durante o ano estão disponíveis no instagram @institutoreisejongbsb e no site reisejong.unb.br.

 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

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