CIÊNCIA

Bandeira da Universidade foi hasteada na Estação Comandante Ferraz nesta quinta-feira (23). Comitiva da instituição permanece no continente gelado até meados de dezembro

 

Pavilhões do Brasil e da UnB tremulando na estação Comandante Ferraz, no continente antártico. Foto: Marcelo Jatobá/Secom UnB

 

A bandeira da Universidade de Brasília tremulou forte, nesta quinta-feira (23), impelida pelos ventos gelados do continente antártico. O símbolo da instituição foi hasteado na Estação Antártica Comandante Ferraz pelo professor Paulo Câmara, do Instituto de Ciências Biológicas (IB) da UnB.

Paulo Câmara integra a comitiva de cientistas brasileiros que participam da terceira fase da 36ª Operação Antártica (Operantar). Este é o quarto ano consecutivo que o professor realiza estudos in loco no continente. Câmara coordena um projeto de pesquisa da UnB que, em parceria com outras instituições, investigam briófitas e liquens intitulados de bipolares – pois supostamente ocorrem somente nas regiões do ​Á​rtico e ​A​ntártico.

Assim, entre dezembro deste ano e março de 2018, seis cientistas da Universidade passarão por diferentes regiões das ilhas Shetlands do Sul, na Península Antártica. “Essa região esquenta duas vezes mais que a média mundial do planeta. Com o atual aumento de temperaturas que tem sido registrado, há um impacto em todo o ecossistema global", destaca o docente​, ressaltando ​a importância da ciência dos polos.

Equipe da UnB registra, até dezembro, a rotina das pesquisas realizadas na Antártica. Foto: Amanda Bourguignon/Secom UnB

 

"Nosso trabalho está muito relacionado à biodiversidade e ​à ​conservação. Verificamos, por exemplo, a ocorrência de novas espécies, o que é um dado importante para contribuir na definição das áreas que devem ser protegidas na Antártica", acrescenta o pesquisador.

COMITIVA UnB – Para dar ampla divulgação da ciência produzida pela UnB na Antártica, dois servidores da Secretaria de Comunicação da Universidade acompanham Paulo Câmara. A equipe passará um mês no continente gelado, registrando o dia a dia dos pesquisadores e ​a infraestrutura necessária​ para ​trabalhar neste lugar tão inóspito e curioso.

O resultado desta missão será compartilhado, nos próximos meses, no site da UnB, em publicações impressas e mídias sociais. Acompanhe nossos canais e conheça mais sobre a importância da pesquisa antártica e dos fenômenos desta região para todo o ecossistema global.

Militares da FAB junto ao C-130 Hercules, após pouso na Antártica, nesta terça-feira (21). Foto: Marcelo Jatobá/Secom UnB

 

BASTIDORES – A comitiva da UnB, juntamente com os demais pesquisadores, chegou ao continente antártico nesta terça-feira (21), a bordo ​d​a aeronave C-130 Hercules da Força Aérea Brasileira (FAB). O pouso foi realizado na base aérea chilena Presidente Eduardo Frei Montalva.​ ​Em seguida, os pesquisadores embarcaram no navio de apoio oceanográfico Ary Rongel, da Marinha Brasileira, rumo à estação brasileira Comandante Ferraz – trajeto percorrido em cerca de três horas. O retorno do grupo está previsto para meados de dezembro.

 

PROANTAR – O Programa Antártico Brasileiro (Proantar) foi criado em 1982. Desde então, tem garantido a presença brasileira e o desenvolvimento da ciência na Antártica. O programa é coordenado pela Marinha do Brasil, por meio da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) e de sua Secretaria (Secirm), apoiado pelo 1º Grupo de Transporte da Força Aérea Brasileira.

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