Rememorado em 13 de dezembro, o Dia do Marinheiro foi especialmente celebrado no Navio Polar Almirante Maximiano nesta quarta-feira, com participação da Universidade de Brasília. Integrante da 36ª Operação Antártica (Operantar), o docente do Instituto de Ciências Biológicas (IB) Paulo Câmara agraciou a embarcação, na qual viaja com outros pesquisadores, com placa honrosa oferecida pela Escola Superior de Guerra (ESG). A cerimônia ocorreu enquanto o navio percorria as águas da Baía do Almirantado, na Península Antártica.
“Esta homenagem é prestada em reconhecimento à missão que os senhores cumprem aqui na Antártica”, expressou Paulo Câmara ao comando do Navio Polar. A placa é um agradecimento da ESG à embarcação, que abriu suas portas aos formandos do Curso Superior de Política Estratégica durante visita técnica realizada no último mês de novembro.
Paulo Câmara integra a mais recente turma de pós-graduados deste curso e, por estar embarcando para a Operantar, foi escolhido para representar o comandante da ESG, general Schons, e o diretor do núcleo da ESG em Brasília, brigadeiro Delano.
CERIMÔNIA – Além da tripulação militar, cerca de 30 pesquisadores brasileiros embarcados no navio participaram da celebração, na qual foram entoados o hino nacional e o hino da Marinha do Brasil (canção Cisne Branco).
O reconhecimento aos marinheiros, fuzileiros navais e servidores civis foi prestado nas palavras enviadas pelo Comandante da Marinha, Almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e pelo Presidente da República Michel Temer.
Para o Comandante do Navio Polar, Capitão de Mar e Guerra Heine, as mensagens dos representantes da Marinha e da presidência do país reconhecem o esforço da instituição naval na defesa e no desenvolvimento do Brasil.
Criada pela Lei nº 785/49, a Escola Superior de Guerra (ESG) é um instituto de altos estudos de política, estratégia e defesa, destinada a desenvolver e consolidar os conhecimentos necessários ao exercício de funções de direção e assessoramento superior para o planejamento da Defesa Nacional.
UnB NA ANTÁRTICA – Uma comitiva da UnB composta pelo docente Paulo Câmara e por dois servidores da Secretaria de Comunicação (Secom) está no continente gelado desde 21 de novembro, participando da terceira fase da 36ª Operação Antártica (Operantar).
Este é o quarto ano consecutivo que Câmara realiza estudos in loco no continente. O docente coordena um projeto de pesquisa da UnB que, em parceria com outras instituições, investigam briófitas e liquens intitulados bipolares – pois supostamente ocorrem somente nas regiões do Ártico e Antártico.
>> Em vídeo, Paulo Câmara explica perspectivas da vegetação antártica com mudanças climáticas
A Operantar integra o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), iniciativa que desde 1982 tem garantido a presença brasileira e o desenvolvimento da ciência na Antártica. Desde que estão no continente antártico, os pesquisadores já foram apoiados pela aeronave C-130 Hercules da Força Aérea Brasileira (FAB), pela Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), pelo Navio Apoio Oceanográfico Ary Rongel e pelo Navio Polar Almirante Maximiano, da Marinha do Brasil.
Confira também:
>> Equipe da UnB está na Antártica
>> UnB na Antártica: pesquisadores embarcam rumo a zona de atividade vulcânica