A conquista não podia ser mais emocionante. A equipe de Counter Strike G.O. da Universidade de Brasília flertou com a derrota ao ficar a dois passos de ser derrotada no segundo mapa, o ambiente virtual do popular jogo eletrônico de tiro tático. Com uma virada de 9 a 11 para 13 a 11, o time empatou a melhor de três contra a URI, do Rio Grande do Sul, e se impôs no mapa seguinte para garantir o ouro na despedida dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) de 2023. Essa foi a segunda medalha da UnB no dia. Pela manhã, o basquete feminino garantiu o bronze na terceira divisão.
A vitória do Counter Strike espantou qualquer a assombração por mais um vice-campeonato. A equipe de Fábio Valentim, Marcelo Santiago, Pablo Oliveira, Pedro Venzi e Thiago Giffoni havia deixado o título escapar em dolorosa final, em casa, nos JUBs de 2022.
“A gente conseguiu respirar fundo e ter confiança mesmo depois de perder o primeiro mapa e sair atrás no segundo”, diz Pablo. Para o estudante de Agronomia, manter o controle emocional foi a chave para inverter o resultado. “A gente não se deixou abalar e, com paciência, viramos o jogo.”
Ovacionado pela torcida da UnB e alvo preferido dos apoiadores adversários, Marcelo Santiago, o Celo, comemorou efusivamente o resultado. “A gente foi muito resiliente. Perdemos no mapa que a gente escolheu, mas na sequência conseguimos derrotá-los no mapa preferido deles”, diz o estudante de Ciências da Computação.
Ele atribui a força mental do time ao apoio de Iuri Sivinski, psicólogo esportivo que assessora o time. “O trabalho de respiração e mentalização liderado por ele foi fundamental", avalia.
Os e-sports da UnB ainda têm chance de buscar a terceira medalha do dia para a delegação. Na noite desta sexta-feira, a equipe de Valorant, derrotada na véspera pela Uninassau de Pernambuco, disputa o bronze contra a Universidade Federal do Mato Grosso. A modalidade encerra as competições dos jogos universitários.
BRONZE – O basquete feminino conquistou o bronze de uma maneira que ninguém queria: sem jogo. A partida contra a Universidade Vila Velha, do Espírito Santo, não pôde ser realizada pela falta de contraste entre as cores dos uniformes dos times, que entraram em quadra de azul escuro. Sem uniforme reserva, a equipe capixaba ficou impossibilitada de jogar. A UnB, mandante do jogo, foi declarada vencedora após a situação inesperada.
“Não era o desfecho que a gente queria. Ainda assim, é gratificante voltar para casa com a medalha”, diz a estudante de Educação Física Tairiny Ayala, em roda com as companheiras após a comunicação oficial do resultado. “Queríamos ter subido ao pódio após uma vitória. Infelizmente, essa situação também mostra uma falta de organização do time delas”, afirma Deborah Souza. Aluna das Artes Cênicas, ela conta que a equipe da UnB “correu atrás” para encomendar e trazer na bagagem os dois uniformes necessários para a competição.
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