Você sabia que, em 2017, havia 33,6 mil pessoas graduadas pela Universidade de Brasília trabalhando com vínculo formal (na iniciativa privada ou no serviço público), nas mais diversas áreas? E que, em 2018, 45% dos estudantes de Medicina eram mulheres e 30,2% se autodeclaravam negros? Essas são algumas das informações coletadas e organizadas pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), instância autônoma, responsável por avaliar os processos de ensino, pesquisa, extensão e gestão da Universidade.
“A CPA promove o autoconhecimento institucional, ou seja, permite às pessoas saberem o que acontece dentro da Universidade, refletindo sobre melhorias na atuação, com permanente avaliação de práticas e políticas”, resume a professora Cláudia Griboski, que preside a comissão. O grupo tem 17 membros, entre docentes, técnicos, estudantes e representantes da sociedade civil organizada. Cláudia, por exemplo, embora seja professora da Faculdade de Ciências da Saúde, está na CPA como representante do Cebraspe.
A CPA elabora relatórios sobre o perfil dos estudantes, por curso, e dos egressos. Também acompanha o desempenho da Universidade em avaliações oficiais – como o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) – e em rankings nacionais e internacionais – caso do Times Higher Education (THE), por exemplo. O resultado está disponível para consulta a qualquer pessoa interessada na página da CPA.
“A comunidade universitária pode se apropriar desse conteúdo de diversas maneiras”, afirma Griboski. “Além dos relatórios disponíveis no site, temos fóruns e encontros com diretores de unidades acadêmicas e administrativas. O resultado de tudo isso é utilizado como instrumento de gestão”, detalha.
MELHORIAS – Uma das atribuições da CPA é a proposição do plano anual de melhorias, feito com a colaboração de membros de toda comunidade acadêmica. As sugestões são compiladas e priorizadas e, ao término do prazo para a implementação, é feita uma verificação do que foi cumprido ou não. “Fazendo uma analogia, a CPA funciona como o SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) da instituição”, diz a professora Andrea Cabello, diretora de Avaliação e Informações Gerenciais do Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DAI/DPO), também integrante da comissão.
Um exemplo de como funciona o acompanhamento do plano de melhorias é em relação às ações para o aprimoramento da segurança nos campi do Gama (FGA) e de Planaltina (FUP). As preocupações, levadas pela comunidade à administração da Universidade via CPA, ajudaram a balizar estratégias e ações para o setor, como a instalação de câmeras de videomonitoramento e a implantação de corredores de segurança. “Depois dessas medidas, nos foi reportada a diminuição de ocorrências de furtos nos campi”, conta a professora Andrea.
Para a servidora técnica Thaís Imperatori, com assento na CPA, a existência do grupo permite uma visão integral da Universidade. “Os decanatos e demais áreas administrativas e acadêmicas têm muitas questões internas e, por vezes, se fecham em seus assuntos. A CPA, por sua vez, transita em todos os espaços e traz uma análise consistente sobre as atividades-fim, a qualidade dos cursos e a prestação de serviços feita pela UnB”, pontua Thaís.
O estudante Mateus de Morais, que cursa Letras-Português, deve se tornar, em breve, membro da CPA. “Estou bastante animado com essa oportunidade. Justamente por ser discente, creio que posso apontar dificuldades não vistas por professores e servidores técnicos e, assim, contribuir para a avaliação institucional.”
Nos próximos dias, a Secretaria de Comunicação da UnB vai produzir uma série de matérias sobre alguns dos principais produtos da CPA. Acompanhe neste portal e nas redes sociais da Universidade.