A Comissão Própria de Avaliação (CPA) e o Decanato de Planejamento e Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) promoveram a sétima edição do Fórum de Avaliação Institucional da UnB na última quarta-feira (2). Tradicionalmente focado em divulgar dados sobre segmentos da UnB, o encontro de 2020 teve o objetivo de mostrar a transformação pela qual a Universidade de Brasília passou em decorrência da pandemia de covid-19. A atividade foi realizada virtualmente em respeito ao distanciamento social, medida de profilaxia contra a disseminação do vírus, como lembrado na mesa de abertura.
Aberto para públicos interno e externo, o evento teve participação de docentes, técnicos administrativos e estudantes, que puderam interagir por meio de questões no chat ou por áudio, após a fala dos palestrantes. Os temas foram apresentados pelo decano de Ensino de graduação (DEG), Sérgio de Freitas; a diretora do Centro de Educação à Distância da UnB (Cead) e a servidora da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, doutora em Ciências da Saúde pela UnB, professora Thaís Fragelli.
A representante técnico-administrativa da CPA, Rayanne Souza, que mediou o evento, lembrou que o as edições anuais do fórum têm objetivo de propor diálogo com a comunidade "e são também oportunidade de refletirmos sobre os resultados da avaliação. Neste ano, aproveitaremos também o momento desafiador para discutir as ações de enfrentamento à pandemia". A presidente da CPA, professora Cláudia Griboski, lembrou que houve muito trabalho para que as atividades fossem viabilizadas. "Foi necessário que a Universidade se mobilizasse de todas as formas para poder garantir um ensino de qualidade nesse momento difícil", afirmou.
A gravação do fórum será disponibilizada na página da CPA em breve.
BASTIDORES – Falando como um dos membros do Comitê de Coordenação de Ações de Recuperação (Ccar), o decano Sérgio de Freitas relatou os principais desafios que a UnB precisou superar desde o momento em que o Governo do Distrito Federal decretou ações enfáticas de combate à pandemia, restringindo a circulação de pessoas e a abertura do comércio. Ele afirma que equipes da UnB se mobilizaram para tentar colocar em contato professores e alunos. Para isso, disponibilizaram contatos aos docentes para que fosse possível manter atividades do semestre letivo recém iniciadas em modo remoto, antes do momento em que o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) suspendesse o calendário acadêmico e, posteriormente, deliberasse sobre o novo formato.
"Percebemos que precisávamos de mais do que um planejamento acadêmico e tivemos vários olhares pela Universidade sobre que caminhos tomar", relata o decano, ao enfatizar a extensão do trabalho conjunto que permeou a UnB. "Implantamos novos ambientes de aprendizado e fizemos troca de sistema de gestão acadêmica que, de início, foi percebido pela comunidade como um incômodo, mas hoje vemos como é essencial", acrescenta.
A fala do decano teve eco nas ações relatadas pela diretora do Cead, Letícia Leite. Como resposta imediata, o centro desenvolveu articulação com a Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), o que permitiu ampliar em dez vezes a capacidade inicial da Universidade de conexões via Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), em um momento em que a Universidade ainda não havia feito a transição para o Office 365, com capilaridade suficiente para viabilizar o ensino remoto no modelo atual. A adoção da plataforma Aprender 3, por exemplo, permitiu que turmas já iniciadas no Aprender 1 não fossem interrompidas e que quase 60 mil usuários pudessem interagir no ambiente virtual, que conta com aproximadamente 6 mil salas virtuais, 20 mil acessos únicos por dias e cerca de 2 mil acessos simultâneos.
"O Aprender 3 é integrado com o Teams, o que o permite ao professor marcar videoconferências pela própria plataforma do Office. Além disso, conta com recursos que eram demanda da própria comunidade universitária", afirma a diretora do Cead.
Tanto Letícia Leite quanto Sérgio de Freitas lembraram que a resposta institucional foi forte e amparada nas demandas da comunidade, levantadas por meio de pesquisas e acolhidas pela administração superior, que apoiou e encontrou maneiras de dar forma às ideias apresentadas.
INOVAÇÃO NO ENSINO – A professora Thaís Fragelli abordou novas perspectivas do uso de ferramentas de ensino remoto, que permitam mais interação e acompanhamento dos estudantes. A apresentação incluiu leitura de QR Codes e links em que os participantes da reunião podiam interagir e elencar temas que considerassem desafiadores no ensino remoto.
Pesquisadora das áreas de neurociência cognitiva social, neuroeducação e métodos de aprendizagem ativa, a docente apresentou sua experiência de aprendizado colaborativo compartilhando resultados positivos e o impacto da adoção de ferramentas inovadoras da prática de ensino.
"Os momentos de interação geram picos de atenção no aprendizado e tiram os estudante da queda de atenção", disse, para ilustrar a importância da inovação nos processos de ensino e aprendizagem.
A maioria das ferramentas apresentadas é gratuita ou possui versão não paga. Alguns exemplos são o Trello, que ela recomenda para fazer e-portfólios dos estudantes; o Forms do Google, para provas em formato de Formulário; e o Edpuzzle, que permite acompanhar o estudante que acessou o vídeo e inserir questões relacionadas às atividades.
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