Mesmo com o calendário acadêmico suspenso em função da pandemia da covid-19, a Universidade de Brasília não parou: atividades administrativas, de pesquisa e de extensão seguiram em andamento, prioritariamente, em modo remoto. O Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão de combate à covid-19 (Copei) fez um levantamento na instituição e verificou que há 83 laboratórios com atividades de pesquisa mantidas, sejam relacionadas à covid-19 ou não. São laboratórios de Medicina, Biologia, Engenharias, Agronomia e Veterinária, Educação Física, dos campi de Gama e Ceilândia, entre outros, cujas atividades não podem parar.
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Para as pessoas que necessitam dar continuidade a seus projetos presencialmente, o Copei está divulgando uma série de orientações a serem seguidas com intuito de garantir a segurança no uso desses espaços e reduzir o risco de contaminação pelo novo coronavírus. As recomendações foram elaboradas em consulta ao Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19 (Coes) da UnB.
A professora Claudia Amorim, presidente do Copei, acredita que o número de laboratórios em funcionamento neste período seja ainda maior do que o identificado até então, pois muitos professores não responderam ao e-mail enviado pelo Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI) para levantamento dessas estruturas.
“Enviamos mais de 600 e-mails perguntando sobre as atividades de laboratórios e tivemos 250 respostas informando que 83 laboratórios estavam atuando. Acreditamos que esse número esteja subestimado. Vamos enviar novamente a comunicação do levantamento e pedimos que os docentes respondam. Se o laboratório tiver mudado de coordenador, pedimos que encaminhem para quem coordena”, ressalta.
Segundo a presidente do Copei, o e-mail, enviado via Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., tem apenas uma pergunta e não leva tempo para responder. A mensagem questiona quem está ou estará em atividade no laboratório nos próximos 30 dias.
Cerca de 170 projetos de combate à covid-19 foram aprovados nas chamadas prospectivas realizadas em conjunto pelos decanatos de Pesquisa e Inovação (DPI) e de Extensão (DEX) e pelo Copei. As iniciativas envolvem 74 laboratórios, ou seja, mais de 10% dos existentes na UnB – atualmente, são mais de 600 laboratórios.
“Temos essa preocupação, pois há alunos envolvidos que não são funcionários da UnB, e precisamos englobar essas pessoas para que elas recebam as orientações de como devem trabalhar”, afirma Cláudia Amorim.
Confira as orientações para as atividades em laboratório durante a pandemia da covid-19:
- Orientar a equipe de pesquisa a realizar higiene frequente das mãos. Para tanto, garantir a disponibilidade de estrutura e insumos, como álcool em gel e/ou pias, água e sabonete;
- Evitar tocar os olhos, nariz e boca com as mãos sem higiene prévia; cobrir a boca com o antebraço quando tossir ou espirrar ou utilizar um lenço descartável, higienizando as mãos em seguida;
- Garantir a higienização ambiental adequada, no mínimo uma vez ao dia ou mais vezes, na medida da necessidade;
- Quando possível, manter janelas abertas e a ventilação natural;
- Neste momento epidemiológico, orientar uso de máscaras por toda a equipe durante todo o turno de trabalho. Se a atividade envolver risco biológico, utilizar máscaras descartáveis, pois há necessidade de que ela também funcione como equipamento de proteção individual. Caso contrário, é possível o uso de máscaras de tecido. Para os projetos que serão desenvolvidos no ambiente hospitalar (exemplo: Hospital Universitário de Brasília) ou de assistência à saúde, tomar conhecimento das recomendações do serviço de controle de infecção local;
- Seguir rigorosamente as recomendações de biossegurança e manejo de resíduos nas situações aplicáveis, com treinamento da equipe antes do início dos trabalhos;
- Orientar que membros da equipe de pesquisa com febre e/ou sintomas gripais não compareçam para atividades presenciais e busquem assistência médica se necessário. Para garantir a continuidade dos trabalhos, manter escala de retaguarda;
- Manter o espaço entre as estações de trabalho de no mínimo 1,5 metro. Organizar as atividades de forma a minimizar a aglomeração desnecessária de pessoas em todo o ambiente, incluindo copas e locais de descanso;
- Utilizar recursos tecnológicos, quando possível, para as atividades em que for possível executar a distância e para reuniões de equipe;
- Na medida das possibilidades, viabilizar que os profissionais se desloquem entre suas residências e a universidade fora dos horários de pico, para que haja menor risco de exposição no transporte público.
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