OPINIÃO

Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília

 

No dia 28 de outubro é celebrado o Dia do Servidor Público, entretanto, profissionais que trabalham nas mais variadas áreas do Estado, sejam em hospitais, escolas, escritórios e demais repartições públicas não têm o que comemorar. Com a atual conjectura brasileira, o que resta ao servidor é a luta.

 

Instituída no governo do presidente Getúlio Vargas, a data comemorativa marca a criação das leis que regem os direitos e deveres dos servidores públicos (Decreto Lei nº 1.713/39). Direito que agora os servidores lutam para garantir. O momento é delicado, uma vez que o atual governo tem feito diversas restrições.

 

O governo do presidente ilegítimo de Michel Temer tem como objetivo aprofundar e acelerar o ajuste fiscal. A classe trabalhadora nunca presenciou tamanho retrocesso na retirada de direitos, com a aprovação da PEC do Fim do Mundo (EC 95/16), a ampliação da terceirização, a reforma trabalhista, a reforma do ensino, o Programa de Demissão Voluntária (PDV), a redução da jornada com redução de salários e o decreto que fortalece o trabalho escravo no país, o governo federal impõe mais sacrifícios aos trabalhadores.

 

O pacote de medidas anunciado nos últimos dias envolve o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%, a reestruturação das carreiras do serviço público, contra o PL 116/17 – demissão por avaliação negativa (fim da estabilidade) destruindo conquistas e vitórias acumuladas pelos trabalhadores técnico-administrativos em educação nos últimos anos, com muitas lutas e greves. Para o coordenador do Sindicato dos Servidores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Mauro Mendes, é o retrocesso ao Brasil e principalmente à classe trabalhadora do país. "essa medida não atinge só os servidores, ela atinge todos os trabalhadores, é por isso que devemos lutar pelos nossos direitos adquiridos" disse.

 

Mauro rechaça ainda que as universidades públicas brasileiras sofrem por falta de recursos, o cenário será pior, tendo em vista que não terão os recursos financeiros para investir em pesquisas e com pessoal. "Isso na verdade é o desmonte do serviço público no país" concluiu.

 

Lutar pelo serviço público, principalmente saúde e educação, é um dos objetivos da diretoria do Sintfub. Lutar principalmente pela valorização dos servidores da Fundação Universidade de Brasília e do Hospital Universitário de Brasília que, apesar de não terem o que comemorar no Dia do Servidor Público, devem ser respeitados e parabenizados pelo serviço que oferecem, mesmo com todas as dificuldades impostas pelo Poder Público.

 

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