O Prêmio Anual de Inovação no Ensino de Graduação premiou e deu menção honrosa a docentes e projetos, em cinco categorias diferentes. O objetivo é reconhecer e valorizar práticas pedagógicas inovadoras, que contribuam para a modernização e democratização do processo de ensino-aprendizagem, na UnB. A cerimônia ocorreu em 15 de dezembro, no auditório da Reitoria, campus Darcy Ribeiro.
O evento está em sua primeira edição e é uma iniciativa do Decanato de Ensino de Graduação (DEG), que visa mostrar como a inovação é fundamental no ensino superior. “A premiação em si, mais que esse reconhecimento, é um aviso para a sociedade que estamos prestando atenção nos acontecimentos. E tomando providências para conseguirmos moldar a sociedade do futuro, não apenas o mercado profissional”, ressaltou Diêgo Madureira, decano do DEG.
“E espero que essa ação resulte em um aumento tanto da visibilidade das ações, quanto do incentivo para que outros professores, técnicos e estudantes se empenhem em usar a criatividade para criar metodologias e abordagens”, disse.
A reitora Márcia Abrahão citou a necessidade de dar visibilidade e gradativamente ter mais pessoas envolvidas no aprimoramento da educação, no anúncio do primeiro prêmio. “Fico feliz de ver a pujança do ensino de graduação na UnB, e como vocês [docentes] apesar de todas as dificuldades, cortes orçamentários e ataques às nossas instituições têm nos ajudado a resistir e continuar fazendo o melhor ensino, pesquisa e extensão deste país”, reforçou.
PREMIAÇÃO – A docente Maria de Nazaré Klautau do Departamento de Genética e Morfologia (GEM/IB) ganhou na Categoria I Uso de Recursos Tecnológicos/Produção de Material Didático Inovador, que contempla práticas que utilizam recursos tecnológicos que abranjam qualquer técnica, instrumento ou metodologia aplicada ao processo de ensino-aprendizagem, ou material didático que pode contemplar diferentes formatos. Com a ação Multimídia Baralho Genômico, o aprendizado foi potencializado. “Colocamos figuras e um jogo dinâmico, como um videogame, com o [intuito] de ensinar conceitos abstratos de genética”, explica a docente.
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Na segunda categoria, Práticas Interdisciplinares/Integração Ensino-Pesquisa-Extensão, venceram os docentes Carla Castanho do Departamento de Ciência da Computação (CIC); Tiago Barros do Departamento de Design (DIN/IdA); e Mário Brasil do Departamento de Música (MUS/IdA). O trio conquistou o prêmio com o projeto Criação das Disciplinas de Desenvolvimento de Jogos da UnB, no qual os discentes criam jogos digitais e se preparam para o futuro no mercado de trabalho.
Já a ação Sistema de Livre Escolha das Atividades em Teoria e História e Prova-Jogo objetiva que o aluno tenha autonomia ao escolher entre um grande número de atividades e assim se sinta confortável em realizá-las. A criação da professora Ana Paula Gurgel do Departamento de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo (THAU/FAU) ganhou na categoria Incentivo ao Protagonismo do Estudante, destinada a projetos que valorizam a independência do discente no seu processo de aprendizagem.
“São atividades bem variadas nas quais às vezes entra em uso o lúdico, a gamificação, habilidades artísticas e teóricas dos discentes. Eles gostam bastante e se sentem motivados a participar das disciplinas”, diz Gurgel.
Na categoria Melhoria de Indicadores de Aprendizagem venceram os docentes Ricardo Fragelli e Matheus Bernardini, ambos da Faculdade UnB Gama (FGA), e Igor Lima do Departamento de Matemática (MAT/UnB), pela ação Rei e Rainha da Derivada, Summaê e Trezentos: Superando os desafios de Cálculo 1 por meio da colaboração, da criatividade, dos afetos e do encantamento.
“Esses métodos têm obtido rendimentos positivos nos índices de aprovação e também em outros aspectos, como o emocional dos estudantes, na aprendizagem ativa e colaborativa. E devido a esses ótimos resultados, as metodologias são aplicadas em diferentes contextos e cursos com áreas variadas”, aponta o professor Igor Lima.
A última categoria designada a Práticas Inclusivas laureou a docente Cândida Beatriz Alves do Departamento de Teoria e Fundamentos (TEF/FE), pela ação Desenho Universal para a Aprendizagem no Ensino Superior. Nela, o objetivo é variar a maneira com que os discentes interagem e realizam as atividades, de modo a atender um público acadêmico com características e habilidades distintas.
“A ideia é diversificar as formas de apresentar o conteúdo, como as partes podem agir sobre o tema e de que jeito os estudantes vão se engajar”, destaca a docente.
*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB