Nove projetos vinculados à UnB foram homenageados na segunda edição do Prêmio Paulo Freire de Educação, de iniciativa da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A premiação foi entregue em 26 de setembro, no plenário da Casa de Leis, com a presença de mais de 1,4 mil pessoas.
A iniciativa é realizada pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC/CLDF) e contou com a presença de estudantes, professores e profissionais do ensino. O presidente da pasta, deputado Gabriel Magno (PT), destacou o evento como sendo "uma celebração à educação pública, gratuita e de qualidade".
A ação reconhece e valoriza profissionais da área da educação, homenageando quem se destaca por contribuições na promoção do direito à educação, na gestão democrática e em projetos político-pedagógicos que impactam a comunidade escolar.
Este ano, a premiação contou com 264 projetos inscritos, divididos em cinco eixos: Educação sobre História e Cultura Afro-Brasileira, Indígena e Antirracista; Educação Inclusiva; Cultura de Paz; Educação Ambiental e Patrimonial; e Práxis Transformadoras nas Áreas do Conhecimento. Do total de inscritos, 25 projetos foram selecionados como destaques, representando uma diversidade de ações dentro de cada eixo.
“No ano passado, tivemos 104 projetos inscritos. Mais que duplicamos o número e isso nos surpreendeu positivamente”, discorreu Gabriel Magno. “Todos os inscritos estão sendo homenageados e receberam a medalha simbólica, em reconhecimento às ações que são feitas diariamente”, proferiu o distrital.
RECONHECIMENTO – O Prêmio Paulo Freire se consolida como um marco importante no reconhecimento de projetos educacionais da capital federal, inspirados no legado do patrono da educação brasileira.
Durante a cerimônia, a professora da Faculdade de Educação (FE/UnB) Liliane Machado compôs a mesa de honra da solenidade, representando a Universidade de Brasília. Ela destacou que o evento valoriza os que trabalham em prol de uma educação inclusiva.
A docente ainda enfatizou a importância do prêmio em celebrar aqueles que, como Paulo Freire, apresentam avanços para a educação. "Participar do prêmio é sempre uma honra, ainda mais por poder levar o nome UnB para um espaço de educação que celebra a luta por uma educação para todos”, comentou.
Entre os homenageados, estão as metodologias e tecnologias inovadoras de ensino aplicados na disciplina de Cálculo 1, do professor Ricardo Fragelli, da Faculdade UnB Gama (FGA). O projeto intitulado RRDD, Summaê e Trezentos: Superando Desafios por Meio da Colaboração, da Criatividade, dos Afetos e do Encantamento, une as ferramentas de ensino autorais, que incentivam o aprendizado colaborativo e aproximam a ciência da comunidade.
"Nosso objetivo é tornar a aprendizagem mais atraente e com maior significado ao estudante, para que possa despertar a paixão pela ciência e descobrir o potencial de pesquisador", explica Ricardo. O professor é responsável por mais de 20 metodologias ativas, aplicadas em diversas regiões do país.
Outro reconhecimento foi do trabalho do professor Erlando Rêses, também da Faculdade de Educação. Ele foi reconhecido em dois projetos: LeiA - Leitura e Ação Lúdico-Pedagógica para Crianças e Pós-populares: Democratização do Acesso à Universidade pelo Chão da Pesquisa, que democratiza o acesso à Universidade, especialmente em regiões periféricas e do entorno.
"O reconhecimento desse projeto, criado há 12 anos, é porque tem um alinhamento com a educação popular e atende às regiões periféricas e às pessoas que têm maior dificuldade de acesso à Universidade, sobretudo a pós-graduação", explica o professor.
Assista à sessão solene de entrega do 2° Prêmio Paulo Freire de Educação: