ÓRGÃOS COLEGIADOS

Setores da pasta receberam novos gestores, Infra e PRC foram reconfiguradas. Temas sensíveis para a gestão 2024-2028 pautaram os informes 

Foto: Luis Gustavo Prado / Secom UnB
Última reunião do CAD do ano teve destaques para pautas sensíveis para a nova gestão superior. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

O Conselho de Administração (CAD) da Universidade de Brasília realizou, nesta quinta-feira (19), a última reunião do ano e a primeira conduzida sob a gestão da reitora Rozana Naves e do vice-reitor Marcio Muniz. O encontro foi pautado pela apresentação de novo formato para a gestão de infraestrutura da UnB, que implica mudanças nos organogramas da Secretaria de Infraestrutura (Infra) e da Prefeitura da UnB (PRC). Dentre os informes, destacam-se aqueles sobre os processos da contratação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para alienação de imóveis da Universidade e da licitação para construção do prédio Aula Magna

 

GESTÃO ESTRATÉGICA – A gestão de infraestrutura da Universidade como um todo passa a contar com uma assessoria estratégica, vinculada à Vice-Reitoria (VRT), que, junto ao Comitê Permanente para Gestão de Infraestrutura (CPInfra), serão responsáveis por coordenar e dar andamento às demandas de manutenção, reforma, construção e demais serviços da pasta.  

 

A nova abordagem de gestão resultou em mudanças nos organogramas internos da PRC e da Infra. Por exemplo, a PRC, que ganha uma Prefeitura-Adjunta, deixa de abrigar a Coordenação de Manutenção Básica (Comb), realocada na Infra no escopo da Diretoria de Manutenção Predial (Dimap/Infra). Entre os ganhos esperados está a melhoria nos fluxos de infraestrutura e serviços. “Havia um certo sombreamento e sobreposição de responsabilidades que gerava dúvidas sobre quem era responsável por serviços de manutenção. Concentramos essa demanda na Infra de modo a resolver o problema”, esclareceu o vice-reitor Marcio Muniz ao apresentar o organograma. 

 

Outra mudança é o redimensionamento do Centro de Planejamento Oscar Niemeyer (Ceplan) – anterioremente parte da Infra –, como órgão vinculado ao Gabinete da Reitoria (GRE), o que ainda vai ser discutido em nova proposta. A atividade de execução de projetos permanece a cargo da Infra. 

 

A reitora Rozana Naves explicou que as adequações atendem ao “diálogo que estabelecemos desde a construção do próprio programa de gestão” e contaram “com a expertise e colaboração das pessoas que estão no dia a dia do enfrentamento das demandas de infraestrutura”. A tomada de decisão foi aprofundada nas últimas semanas por meio de grupo de trabalho composto por representantes da PRC e da Infra, sob a coordenação do vice-reitor. 

 

Outras instâncias de infraestrutura da Universidade, como a Secretaria de Patrimônio Imobiliário (SPI), ainda serão contempladas nos esforços do grupo de trabalho.  

Organograma demonstra a nova abordagem de gestão de infraestrutura da UnB, apresentada na 441ª reunião do CAD. Arte: Design/Secom UnB

 

CORPO GESTOR – Juntamente com nova estrutura foram apresentados novos gestores. A Assessoria Estratégica para Gestão de Infraestrutura ficará sob o comando do docente e arquiteto Eleudo Esteves de Araújo Silva Júnior (ENC/FT), que exerceu a função de diretor do Ceplan nos dois últimos anos. 

 

A PRC será coordenada por Edmilson Lima, servidor técnico da UnB na área de vigilância desde os anos 1980. A Prefeitura-Adjunta fica com Matheus Maramaldo, arquiteto, urbanista e servidor técnico lotado na PRC desde 2016. 

 

Assume a Infra o engenheiro eletricista João Victor Cavalcante Barros, servidor técnico da UnB desde 2016, que já atuou como diretor de Manutenção Predial na Infra. 

 

A Secretaria de Meio-Ambiente (Sema) fica à cargo do docente Valdir Adilson Steinke (GEA/ICH), geógrafo, doutor em Ecologia, vice-líder da Global Water Partnership Brasil e coordenador do Laboratório de Geoiconografia e Multimidias (Lagim/GEA/UnB). 

 

A SPI será comandada pela engenheira civil e docente Cláudia Márcia Coutinho Gurjão (EC/FT), com experiência destacada em Materiais de Construção, Mecânica dos Solos, Instalações Prediais e Geotecnia Ambiental. 

 

A Secretaria de Tecnologia de Informação (STI) será coordenada por Marcelo Karam, servidor técnico da UnB desde 2008, primeiro gestor de Tecnologia da Informação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) do governo federal e representante da ANPD em instâncias estratégias, como a Presidência da República e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). 

 

INFORMES – Pontuaram os informes temas sensíveis para a gestão 2024-2028 da Universidade. Um deles foi a contratação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para alienação de imóveis da Universidade. “Chama atenção que essa contratação foi feita para 12 projeções da SQN 207 e mais uma na 901 Norte. Quando olhamos as contrapartidas, o processo envolve 21 das 24 projeções que a UnB ainda tem hoje, ou seja, extrapola o objeto contratado”, pontuou a reitora. Após reunião entre a administração superior e o BNDES, por ora, o processo está suspenso. “A proposta produzida pelo BNDES não passou em nenhum dos conselhos deliberativos. Por isso, vamos analisá-la e trazer ao CAD em momento oportuno.” 

 

Outro informe foi acerca da licitação da Praça Maior, referente à construção do prédio Aula Magna, que segue em andamento. “Quero alertar esse Conselho para o risco da certificação orçamentária, já que o TED [Termo de Execução Descentralizada] envolvendo os recursos do PAC [Plano Anual de Contratações] dá conta apenas da metade dos valores propostos pela empresa licitada”, sinalizou Rozana Naves sobre informações tratadas publicamente em reunião anterior do CAD. 

 

“Temos um déficit de R$44 milhões para conclusão desta obra. A certificação foi feita com base na conta de Recursos Próprios, o que significa um impacto para nosso orçamento. Evidentemente buscaremos recursos adicionais, mas fica um alerta para esse Conselho”, reforçou a reitora. 

 

Rozana Naves mencionou dificuldades enfrentadas no processo de transição para posse na reitoria, como a entrega incompleta de informações e documentos solicitados em processo público no Sistema Eletrônio de Informações (SEI) da UnB. “A maior parte das respostas aconteceu nos últimos dias da transição, o que dificultou o planejamento da gestão antes de estar, de fato, no exercício do cargo”, frisou. 

 

Também foi sinalizada preocupação quanto à cessão de servidores para outros órgãos no contexto de “uma força de trabalho extremamente reduzida” e que não pode ser recomposta seja pela condição de “cargos extintos ou vedados por impedimento”. “Vamos providenciar uma auditoria que viabilize para nós um retrato fiel do que encontramos ao receber a Universidade, tanto na perspectiva de planejamento e orçamento, quanto de gestão de pessoas”, informou Rozana Naves. 

 

Assista à integra da 441ª reunião do Conselho de Administração, transmitida pela UnBTV: 

 

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