PLANO DE OBRAS

Licitação está em fase de habilitação. Obra será iniciada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal

Obra está orçada em R$ 90 milhões e deve durar 30 meses. Foto: Beto Monteiro/Ascom GRE

 

A Universidade de Brasília está prestes a realizar um sonho concebido em 1962 por dois dos maiores expoentes da arquitetura brasileira, Lucio Costa e Oscar Niemeyer: a construção da Praça Magna, agora renomeada Aula Magna. Na quarta-feira (13), o escritório ARQBR, formado por ex-alunos da Universidade, entregou ao Espaço de Memória da UnB (antigo SG-10) a maquete de como ficará a estrutura.

 

Brasília e UnB terão um auditório com capacidade para 1.500 pessoas, para abrigar eventos acadêmicos e culturais, como formaturas, espetáculos artísticos e palestras. Com início previsto ainda para 2024, a obra vai custar cerca de R$ 90 milhões e tem a previsão de durar 30 meses. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal já destinou R$ 47 milhões.

 

O projeto foi desenvolvido pelos professores Matheus Gorovitz e Cláudia Garcia, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da UnB, em colaboração com os arquitetos André Velloso, Éder Alencar e Danielle Gressler, sócios do escritório de arquitetura.

 

“Em 2021, esse projeto foi incluído no Plano de Obras da UnB. Aprovado por três vezes no Conselho de Administração e agora a licitação está na fase final. Hoje, não apenas celebramos a beleza do projeto arquitetônico, mas também o compromisso de fortalecer o campus e criar um espaço digno para nossos eventos acadêmicos e culturais. Este auditório será, mais que um edifício, um centro de vivência e interação para a comunidade universitária e para Brasília”, salientou a reitora Márcia Abrahão.

 

Durante a entrega, Éder Alencar detalhou o espaço, localizado como ponto central das edificações mais representativas da UnB: a Reitoria, a Biblioteca Central e o Instituto Central de Ciências (ICC). “Para nós, é um privilégio fazer um projeto como esse, que tem uma relação profunda com a história da Universidade, com a história do campus e que respeita os princípios que foram colocados desde o início, por Lucio Costa e Oscar Niemeyer. A construção deste prédio é muito importante para a UnB para a cidade”, afirmou Éder Alencar.

 

“A UnB carece de um espaço apropriado para realizar dignamente formaturas e eventos do porte que a capital do país. Hoje, mesmo com uma comunidade de mais de 50 mil pessoas, precisamos usar espaços improvisados, muitas vezes inadequados, ou fazer eventos fora da UnB, a custos elevados”, completou a reitora.

 

A decana de Extensão, Olgamir Amância, pontuou os avanços na promoção de espaços culturais na UnB. “Foi nessa gestão que conseguimos ampliar significativamente os espaços culturais e de memória da UnB, como a Casa de Cultura da América Latina, o Beijódromo, a Casa Niemeyer, que funcionava como um espaço administrativo, e o Espaço Memória, que também era para atividades administrativas. Agora, a UnB tem um complexo de cultura importante. Ainda será reinaugurado o Teatro Helena Barcelos”, detalhou.

 

“A maquete da Aula Magna é um singelo registro físico que marca a conclusão de um longo processo de projeto, mas também o início de uma nova fase: a construção da obra. Estamos felizes em contribuir para o acervo do Espaço da Memória da Universidade de Brasília, que inclui outras maquetes de projetos importantes para a história do campus”, disse o arquiteto Eder Alencar.

 

Para o secretário de Infraestrutura, Augusto Dias, a entrega desta maquete ao Espaço de Memória representa o início de uma nova fase de transformação para o campus. “Com a obra, que será iniciada em breve, a UnB passa a contar com um auditório amplo e moderno, um espaço de convivência e de eventos que resgata a identidade visionária da Universidade. A Aula Magna será um marco de integração para toda a comunidade, projetada por uma equipe de ex-alunos e professores da Faculdade de Arquitetura”, completou.

 

COMO SERÁ – A nova proposta para a Aula Magna destaca-se por sua ampla cobertura metálica, suspensa por quatro pilares, que abriga o auditório, cuidadosamente inserido no desnível natural do terreno. Com fechamentos em vidro, o projeto oferece aos espectadores uma vista integrada do campus, criando uma conexão visual única com a paisagem ao redor. “Será possível prestigiar espetáculos do lado de fora da edificação”, observou a reitora.

 

Lucio Costa concebeu a Praça Magna como um espaço simbólico de integração entre o campus e a cidade. No mesmo ano, Oscar Niemeyer apresentou sua ideia para a Praça, com desenhos preliminares para os edifícios que a comporiam, entre eles, a própria Aula Magna. Contudo, o projeto da Aula Magna não foi construído.

 

CONCURSO – O projeto teve início em 2010, quando a UnB realizou um concurso interno para a escolha do projeto da Praça Magna, que deveria incluir um Centro de Cultura, um Centro de Vivência e a Aula Magna (auditório para 1.500 pessoas). A equipe vencedora, liderada pelo professor Matheus Gorovitz, incluía a professora Cláudia Garcia e os arquitetos Eder Alencar e Ana Carolina Vaz. O projeto começou a ser desenvolvido pela equipe, mas foi paralisado em 2011. Em 2021, a reitora Márcia Abrahão decidiu retomá-lo, com foco na construção apenas da Aula Magna, o que se tornou viável em 2023, sendo o projeto finalizado em 2024.

 

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