A administração superior da UnB se reuniu com servidores e estudantes do Instituto de Ciências Biológicas (IB) para conversar sobre demandas do setor, apresentar ações da gestão e tirar dúvidas. No encontro, a manutenção dos espaços do IB e o transporte para atividades de campo foram assuntos de destaque. O diálogo ocorreu na última sexta-feira (15), no auditório do instituto.
“Quero agradecer a todos no IB, que, apesar dos desafios impostos pelos governos anteriores, conseguiu alcançar ótimos resultados, na pós-graduação e em rankings em que a UnB figura entre as melhores. O Instituto de Ciências Biológicas, com certeza, contribui para a nossa excelência”, destacou a reitora Márcia Abrahão.
O diretor do IB, Luiz Eduardo Bassay Blum, fez breve apresentação do instituto, criado em 1962. “São sete departamentos distribuídos em 11 blocos. Somos 146 professores e 66 técnicos administrativos. Atualmente, temos 1.238 estudantes na graduação e 540 na pós-graduação, totalizando 1.778 discentes”, detalhou. Ele também enumerou as principais demandas da unidade: manutenção predial e de equipamentos, mais servidores, acessibilidade, orçamento, transporte e segurança.
O chefe do Departamento de Zoologia, Felipe Malheiros, reforçou a questão da manutenção. Para ele, há demora na resolução de problemas como infiltração na estrutura predial. Já o subchefe do Departamento de Biologia Celular, Gabriel Alves, chamou a atenção para a acessibilidade. “Acredito que é urgente a adequação dos espaços do IB”, ponderou.
A chefe do Departamento de Botânica, Cristiane Ferreira, elogiou as ações da gestão. Ela avalia que a UnB está mais segura: “Me sinto feliz de ver questões sendo resolvidas, por exemplo, de segurança. Mas há algumas coisas que poderíamos melhorar." Ela pediu pela recuperação de equipamentos do IB. "Os quadros brancos que usamos para as aulas estão ruins, por exemplo”, disse.
A reitora Márcia Abrahão lembrou que houve grande avanço na UnB após a criação da Comissão Permanente de Segurança e que o IB foi um dos primeiros locais a receber câmeras de monitoramento com alta capacidade de resolução e visualização de 800m. “Sobre a manutenção predial, temos um novo contrato. Estamos capacitando fiscais setoriais de tal forma que eles avaliem a entrega da empresa. Se o problema não for resolvido, a empresa não recebe. Fizemos um treinamento e, agora, vamos colocar em execução”, completou a reitora.
O prefeito Valdeci Reis informou que a Prefeitura (PRC) vai iniciar, em breve, a aplicação de película nos quadros brancos da unidade, para restauração dos equipamentos. Também, segundo ele, estão sendo feitas trocas de aparelhos de projeção. O secretário de Infraestrutura, Augusto César Dias, se colocou à disposição para avaliar as necessidades específicas do IB e buscar as melhores soluções.
A subchefe do Departamento de Ecologia, Cláudia Padovesi, contou que docentes e estudantes do IB têm enfrentado desafios para realizar atividades de campo, tanto aulas quanto pesquisas, devido à falta de transporte em estrada de terra. Valdeci Reis explicou que a UnB tem dois contratos de locação de veículo, um para viagem interestadual e outro para traslado em estrada de terra.
ORÇAMENTO – A decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, apresentou um panorama financeiro da Universidade de Brasília. “Nosso cenário orçamentário não é de folga, temos que arregaçar as mangas e fazer mais com menos. Temos que criar soluções para trabalhar dentro da Universidade com o compromisso social que a gente tem. Conseguimos, com muito esforço, aumentar, em média, 46% o orçamento das unidades acadêmicas, mas o orçamento da UnB teve uma queda de 50%”, resumiu a decana. De 2016 a 2023, o IB teve um aumento de 46% em seu orçamento.
RECURSOS HUMANOS – A reitora Márcia Abrahão ressaltou que há uma necessidade em toda a UnB por mais profissionais. No entanto, por conta da extinção de cargos na administração pública, diversas instituições não conseguiram repor servidores após a aposentadoria de quem ocupava cargos que deixaram de existir.
“A UnB continua crescendo, mas não tivemos reposição de pessoal. Nós temos atuado junto ao governo federal e ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos para que haja um projeto de lei que aumente a quantidade de cargos nas universidades”, acrescentou Márcia Abrahão.
ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL – Douglas Oliveira faz mestrado em Botânica no IB. Morador de Planaltina de Goiás, ele conta que não há integração do transporte público da cidade com o Distrito Federal. Por ser um estudante de baixa renda, o custo para vir à Universidade acaba sendo alto. O discente também questionou a gestão sobre o programa de moradia estudantil. “Tentei vaga, mas não consegui. Para mim, ter essa opção é muito importante para a continuidade do meu estudo”, disse.
O decano de Assuntos Comunitários, Ileno Izídio da Costa, destacou que há editais de assistência estudantil abertos no site do DAC, entre eles o de moradia. O decano sugeriu ao mestrando que vá à DDS/DAC verificar em quais programas ele pode participar e como, além de colocar o decanato à disposição para auxiliá-lo.