Na próxima quarta-feira (26), o Conselho Universitário da UnB (Consuni) terá sessão solene em comemoração aos 55 anos da UnB. A cerimônia está marcada para as 14h30, no auditório da ADUnB, no campus Darcy Ribeiro. A atividade integra o calendário de ações do aniversário da instituição organizado pela Comissão UnB 55.
A reitora Márcia Abrahão abre o Consuni festivo com discurso em reconhecimento às conquistas da instituição ao longo de cinco décadas. Na sequência, haverá o lançamento da revista Darcy, em uma edição especial sobre os 55 anos da UnB. Neste número, a publicação de jornalismo científico e cultural reúne perfis de 50 personagens que fazem parte da história da Universidade, além de cinco momentos memoráveis. Os entrevistados foram especialmente convidados para integrar a plateia do Consuni.
Homenageados na sessão do órgão colegiado, Aldo Paviani e Lia Zanotta Machado, professores aposentados da UnB, discursarão sobre a importância do papel desempenhado pela Universidade nesses 55 anos, sob a perspectiva da ciência e da ousadia, tema escolhido para as comemorações.
Atuante na instituição por 48 anos, Paviani se declara “honradíssimo com a distinção concedida pelo Consuni”. O emérito reconhece o pioneirismo da UnB nos campos da arte, das ciências e da cultura na região central do país. “Estou muito orgulhoso de ter dado minha contribuição para que ela se tornasse a grande Universidade que é", afirma.
PROGRAMAÇÃO – A tarde ainda será abrilhantada pelo encontro entre bandolim e viola. Hamilton de Holanda e Roberto Corrêa, instrumentistas que tiveram a UnB como cenário de suas origens musicais, serão homenageados. Como brinde aos convidados, os músicos também esperam surpreender o público. “Não posso antecipar nada, senão estraga”, avisa Roberto Corrêa.
TRAJETÓRIA ARTÍSTICA – A viola caipira é a grande companheira do instrumentista, compositor e pesquisador com doutorado em Musicologia, Roberto Corrêa. Um dos pioneiros na expansão do uso do instrumento no Brasil, Corrêa completa 40 anos como violeiro em 2017. Descobriu a viola quando era aluno do curso de Física na UnB e membro do grupo de música regional Olhos D’Água. Do interesse surgiram pesquisas diversas para aprimorar técnicas e daí a formação na licenciatura em Música. Corrêa reconhece a importância da Universidade em sua trajetória. “A UnB foi fundamental na origem do meu caminho com a viola, pelas oportunidades que eu tive na instituição”, afirma.
A passagem de Hamilton de Holanda pela UnB, no bacharelado em Composição, também foi determinante em seus caminhos profissionais. “Passei a entender melhor o significado da palavra liberdade através da busca constante pelo conhecimento e de minha própria identidade como artista e cidadão”, relata, enfatizando a experiência na UnB. A grande paixão do músico é o bandolim, do qual arranca sonoridades diversas. Choro, jazz, samba, rock, pop e lundu são alguns dos gêneros pelos quais transita com o instrumento. Além de 31 discos lançados, Holanda coleciona prêmios internacionais. Entre eles dois Grammys Latinos: de Melhor Canção Brasileira, com a faixa Bossa Negra, em 2015, e de Melhor Disco Instrumental, com Samba de Chico, em 2016.