A roda de conversa com a reitora Márcia Abrahão, nesta semana, foi com os servidores da Secretaria de Comunicação (Secom). Reunidos no auditório da Reitoria nesta quarta-feira (28), eles apresentaram demandas sobre espaço físico, segurança e pessoal. Também discutiram os desafios da comunicação em um momento em que o papel das universidades vem sendo questionado.

“A Secom é cada vez mais demandada, em um ritmo inversamente proporcional ao quantitativo de gente que temos hoje atuando na produção de conteúdo”, disse a secretária de Comunicação, Thaïs de Mendonça Jorge. Ela mencionou a mudança do espaço físico da Secretaria, que ficou mais bem instalada, mas chamou a atenção para necessidade de melhorias no local. “Um dos principais problemas é o teto, ainda original da construção do prédio, com ripas metálicas muito frágeis”, observou a jornalista Marcela D'Alessandro.

A reitora lembrou que a Universidade passa por uma difícil situação orçamentária, com um bloqueio de 31% do orçamento discricionário, o equivalente a R$ 48,2 milhões. Entretanto, pediu à Prefeitura da UnB que tome providências em relação ao teto. “Peço ao prefeito que vá, aos poucos, tirando as ripas. Uma das opções, que funcionou muito bem na Biblioteca, foi deixar apenas o concreto, pintado de branco. Isso também deve diminuir a eventual presença de animais [como saruês e morcegos].”

A produtora cultural Karoline Marques falou sobre a insegurança de sair da sala onde fica a Secom. “As luzes do corredor ficam apagadas, muitas vezes, também as das rampas [do prédio da Reitoria]”, contou. O prefeito também se comprometeu a conversar com os vigilantes que fazem a segurança do prédio a respeito do assunto.

“Também acabamos de lançar uma licitação para trocar a guarita de segurança da Reitoria de lugar. Hoje ela fica colada ao elevador privativo, o que prejudica o serviço de vigilância”, comentou a reitora. “São medidas de gestão, que envolvem o gasto de poucos recursos, mas que podem melhorar a qualidade de vida das pessoas no trabalho.”

PESSOAL – O diretor de Provimento, Acompanhamento e Movimentação do Decanato de Gestão de Pessoas, Jeferson Sarmento de Lima, lembrou da existência de novas regras, mais restritivas, para a nomeação de servidores públicos. “Nós temos um concurso vigente, mas não a autorização para nomeação de jornalistas e tampouco códigos de vaga”, frisou. Uma das alternativas para o déficit de pessoal pode vir do remanejamento de empregados públicos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que deve ser privatizada pelo governo federal. As condições, entretanto, ainda não estão claras.

Outras preocupações externadas pelos servidores foram sobre manutenção de equipamentos e licenças de utilização de softwares. “Nossas câmeras exigem cuidados diferenciados e, muitas vezes, a Dimeq [Diretoria de Manutenção de Equipamentos] não consegue nos ajudar”, observou o coordenador da Editoria de Fotografia, André Gomes. A equipe foi orientada a buscar o apoio de áreas técnicas do Decanato de Administração (DAF) para a construção de termos de referência adequados às necessidades do setor, bem como da Dimeq, para a questão da manutenção.

DESAFIOS – Também presente na conversa, a decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, sugeriu a ampliação da interlocução com as áreas de comunicação de outras universidades. “Eu percebo a falta de uma política de comunicação para a rede de instituições federais de ensino superior. Talvez vocês, que são da área, possam pensar em estratégias e soluções comuns”, disse.

A reitora também estimulou o grupo a pensar em novos formatos de comunicação, que possam melhor informar o público externo a respeito das realizações da UnB, como com a produção de podcasts e vídeos, em parceria com a UnBTV. “Todos nós temos parentes e amigos que questionam o trabalho da Universidade e sabemos o quanto realizamos. É um desafio deixar isso ainda mais atrativo”, destacou.

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