Simplificação e modernização de processos, atendimento mais humano a estudantes, ponto eletrônico e o Future-se foram alguns dos temas debatidos pelos servidores do Decanato de Ensino de Graduação (DEG) e da Secretaria de Administração Acadêmica (SAA) em roda de conversa com a reitora Márcia Abrahão na última quarta-feira (31). O diálogo, oportunidade para tirar dúvidas e apresentar demandas, já foi realizado em quase todas as unidades acadêmicas e ocorre, agora, junto às áreas administrativas da Universidade.
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A reitora fez breve retrospecto das ações da administração superior e da situação orçamentária. Lembrou que a Universidade vem priorizando as áreas-fim e retomou investimentos em obras e na modernização, a despeito das dificuldades financeiras. “Gostaria de agradecer e parabenizar os servidores do DEG e da SAA, que vêm sendo muito parceiros na simplificação de processos, como o peticionamento eletrônico, e também na implementação do SIG UnB”, destacou Márcia.
Servidores da SAA questionaram a doação do espaço de um dos postos de atendimento do ICC para o Decanato de Assuntos Comunitários (DAC), conforme acordo feito entre os dois setores. “Atendemos a 19 cursos do diurno e 18 do noturno naquele local. Como vai ficar?”, perguntou secretário de Administração Acadêmica, Júlio Garay.
A reitora explicou que a ideia é agrupar, ali, servidores da recém-criada Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu) do DAC, de forma a dar mais qualidade ao atendimento em saúde oferecido pela Universidade. Além disso, lembrou que, com a implementação do peticionamento e com documentos acadêmicos disponíveis on-line, não é mais necessário dividir o atendimento dos postos por curso.
“Temos feito um trabalho forte de simplificação, então peço que vejamos como facilitar ao máximo a vida dos estudantes e a nossa própria. Não faz mais sentido ordenar o atendimento nos postos conforme o curso”, disse. Ela frisou, contudo, que o contato presencial é importante para promover o acolhimento aos alunos. “Estamos trabalhando para implementar a política integrada da vida estudantil, e os postos da SAA são uma referência para muitos jovens. O trabalho de vocês é essencial nesse sentido”, acrescentou.
O servidor técnico do DEG Danilo Nogueira Prata comparou o atual momento de transição para o digital com o surgimento da educação a distância (EaD). “Todo mundo achava que o trabalho do professor ia acabar, mas não foi nada disso. O papel humano em relação à máquina é muito importante”, comentou.
Está em fase de licitação a obra de conclusão de um centro de vivência, que estava no plano de obras aprovado pelo Conselho de Administração em 2017. A proposta é que o local, próximo ao Restaurante Universitário (RU), abrigue o posto central da SAA.
PONTO ELETRÔNICO – Durante a conversa, os servidores tiraram dúvidas sobre a resolução que regulamentou o ponto eletrônico. “Acho bastante positivo, porque é uma forma de nos controlarmos e evitarmos questionamentos sobre o nosso trabalho. Mas me incomoda que a punição, caso eu chegue atrasado, é automática, enquanto que, para acumular horas, é preciso uma autorização da chefia”, sinalizou o técnico Renato Aparecido de Oliveira. A servidora Veruska Albuquerque também disse acreditar que a comunicação sobre o tema poderia ser aperfeiçoada.
A reitora esclareceu que o banco de horas, no interesse do serviço, não deve ser dificultado pelos gestores. Mencionou que há matérias instrutivas no site oficial da Universidade, para esclarecer sobre o funcionamento do sistema. “Também procuramos, nessas reuniões com a comunidade, fortalecer a nossa comunicação”, disse.
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A gestora da UnB também foi questionada sobre o posicionamento diante do Future-se, o programa apresentado pelo Ministério da Educação em julho. Márcia fez um retrospecto das interações da administração superior com o MEC sobre o tema. “O PL (projeto de lei) do Future-se parte de um diagnóstico que não está claro como foi feito. Propõe dar mais autonomia, mas desloca a gestão financeira para as organizações sociais”, observou.
“Eu disse ao Ministério que não cabe à reitora decidir, que levaríamos à nossa comunidade acadêmica. Mas estamos abertos para construir projetos que tragam mais autonomia às universidades, principalmente autonomia administrativa”, acrescentou. O Conselho Universitário reúne-se nesta sexta-feira (2) para debater o assunto, a partir de considerações técnicas feitas por um grupo de trabalho.