
A preparação de edital conjunto para ações em ensino, pesquisa e extensão e o início do delineamento de programa permanente estão entre as primeiras ações do Comitê de Enfrentamento à Desinformação na Universidade de Brasília. Instituído no começo de 2025, o comitê anunciou essas atividades já na abertura do cronograma de reuniões, iniciado em janeiro. A partir de agora, os membros devem se encontrar semanalmente ou a cada 15 dias, a depender dos fluxos do trabalho.
Uma comissão com sete dos 19 membros do comitê está destacada para elaborar o edital, que deve ser promovido em conjunto pelos decanatos de Ensino de Graduação (DEG), de Extensão (DEX), de Pesquisa e Inovação (DPI) e de Pós-Graduação (DPG). A expectativa é lançá-lo no próximo semestre letivo. As discussões para implementar o Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação na UnB seguem até a entrega de proposta consolidada, prevista para julho.
A reitora Rozana Naves participou da reunião inaugural e destacou que o futuro programa, a ser implantado após apreciação do Conselho Universitário (Consuni), deve atuar em três frentes: informação, formação (letramento digital) e contenção da desinformação. No encontro que marcou a apresentação dos membros, a gestora chamou atenção para a pluralidade e a expertise do grupo e recomendou o uso da “criatividade como método” no desenvolvimento dos trabalhos.
A presidente do comitê, Elmira Simeão, diz que uma tarefa imprescindível é “fazer o inventário das muitas ações que já existem na Universidade e estão dispersas”. Professora da Faculdade de Ciência da Informação (FCI), ela avalia que, a partir da identificação de iniciativas setorizadas de combate à desinformação, é possível sincronizá-las e fortalecê-las com o apoio institucional.
Elmira Simeão informa que o calendário de atividades do comitê inclui encontros itinerantes, com previsão de reuniões nos campi de Ceilândia (FCTS), Gama (FCTE) e Planaltina (FUP). “O primeiro grande passo é fortalecer a integração do próprio grupo”, diz. O edital interno, analisa a docente, vai facilitar a criação de uma agenda institucional em que a extensão tende a ser protagonista. “O enfrentamento vai ocorrer internamente e, principalmente, externamente em ações de apoio à sociedade”, afirma.