Coleções e acervos que guardam a memória e contam a história da Universidade de Brasília serão integrados por meio da Rede de Museus, uma parceria do Decanato de Extensão (DEX) com o curso de Museologia da UnB. O Programa Especial Rede de Instituições Museais, Acervos Museológicos e de Interesse Público foi aprovado em resolução da Câmara de Extensão (CEX) em 4 de agosto.
A ideia é proteger a memória de instituições museais e de espaços da UnB que contêm coleções e acervos materiais ou imateriais por sua relevância histórica, artística ou cultural. "O DEX buscou soluções democráticas e inclusivas, entendendo que esses espaços e coleções são relevantes, pois remontam à própria história da UnB", diz a professora Monique Magaldi, coordenadora do curso de Museologia da UnB.
Os estudos sobre as coleções e acervos da UnB foram realizados desde 2015. "Em um primeiro mapeamento, foram identificadas 15 instituições museais ou que têm coleções passíveis de musealização, e outros cem espaços com coleções utilizadas em atividades de ensino, pesquisa e extensão”, explica Magaldi.
Estes espaços incluem a Casa da Cultura da América Latina (CAL) e a Casa Niemeyer, geridas pelo DEX, além do Museu de Geociências, Museu de Ciência e Tecnologia, Museu de Anatomia Humana e Espaço Piloto, entre outros espaços. A partir dos estudos realizados, identificou-se a necessidade de pensar uma política de preservação, conservação e comunicação dos espaços museais presentes na Universidade.
“O programa será desenvolvido em etapas. Em um primeiro momento, serão analisados aspectos técnicos e legais, por exemplo, a realização do mapeamento, diagnóstico dos museus e das coleções e acervos passíveis de musealização”, diz a professora Monique Magaldi. “O mapeamento permite identificar e estabelecer medidas de segurança e conservação”.
Depois, a proposta é desenvolver editais específicos que permitam a realização de assessoramento técnico em ações de conservação e documentação museológica, além do desenvolvimento e a implantação de projetos educativos e culturais.
A Rede de Museus também vai utilizar plataformas digitais, como a Tainacan, projeto coordenado pelo professor Dalton Martins, da UnB, para difundir os acervos. A plataforma já é utilizada para permitir o acesso público ao acervo artístico da CAL. “A expectativa é que possamos oportunizar o acesso aberto aos diferentes acervos tecnológicos, científicos e culturais da Universidade à comunidade da UnB e à sociedade em geral”, diz a decana de Extensão, Olgamir Amancia.
Segundo Olgamir Amancia, a Rede de Museus pode estimular a criação de mais espaços para visitação na UnB: “Como um programa especial, ele tem uma perspectiva estratégica de reconhecer a importância das coleções e museus para a sociedade, estimular a articulação em rede dos espaços já existentes e de fomentar novos espaços na Universidade, assegurando a comunicação desses espaços com a sociedade”.
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