Durante a 527ª reunião do Conselho Universitário (Consuni), ocorrida na sexta-feira (5), a reitora Rozana Naves atualizou os conselheiros sobre as tratativas envolvendo a Unidade de Referência de Pessoal (URP). Ela explicou que a Administração Superior tem mantido diálogo frequente com ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e com a Advocacia-Geral da União (AGU), responsável por apresentar posicionamento ao Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da constituição de uma mesa de negociação solicitada pelo sindicato.
Rozana destacou que a interpretação sobre a absorção da URP está pacificada na jurisprudência, mas lembrou que já se observa um processo prático de absorção. “Já estamos num processo de absorção desde 2019, quando os valores foram congelados em patamares de 2016.” Ela acrescentou que a AGU deve se reunir em breve com o TCU para tratar do tema e que a última proposta apresentada pelo sindicato foi considerada factível para abertura de negociação.
O Conselho Universitário também aprovou a alteração da composição do Conselho Comunitário da Universidade de Brasília e a concessão do título de Professora Emérita à docente do Departamento de Geografia (GEA/ICH/UnB) Marília Luíza Peluso.
Relembre desdobramentos da greve dos técnicos, iniciada em 20 de março:
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CONSELHO COMUNITÁRIO – O Consuni também aprovou a inclusão da Federação de Empresas Juniores do Distrito Federal (Concentro/DF) no Conselho Comunitário da UnB. A medida busca ampliar a aproximação da Universidade com o movimento de empresas juniores, formado por associações estudantis sem fins lucrativos que oferecem serviços de consultoria e contribuem para a formação empreendedora dos estudantes.
Atualmente, mais de 42 das 52 empresas juniores do Distrito Federal estão vinculadas à UnB, fazendo da instituição um dos principais polos do movimento no país. De acordo com o parecer, a presença da Concentro/DF no colegiado fortalece os canais de diálogo entre a Universidade e esse segmento representativo, além de consolidar o compromisso institucional com a inovação, a formação prática e o impacto social.
RECONHECIMENTO – O conselho também aprovou a concessão do título de Professora Emérita à docente aposentada Marília Luíza Peluso, indicada pelo Instituto de Ciências Humanas (ICH). O reconhecimento considera a trajetória acadêmica, a dedicação à instituição e a relevância da produção científica da professora.
Marília ingressou na UnB em 1985, atuando no ensino de graduação e pós-graduação em Geografia Humana e Econômica. Sua produção reúne nove livros, 24 capítulos de livros e 28 artigos em periódicos de destaque, além da orientação de 39 trabalhos de conclusão de curso, 26 dissertações e seis teses. Permaneceu ativa como orientadora mesmo após a aposentadoria.
Na gestão acadêmica, foi coordenadora de cursos e chefa de departamento, além de ter liderado a implantação da graduação a distância em Geografia na UnB, ampliando a formação de professores em todo o país. Também se destacou no Ministério da Educação, como coordenadora da banca avaliadora de livros didáticos, tendo papel relevante na reformulação do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que se consolidou como referência nacional e internacional.