
Em sua 680ª reunião, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UnB (Cepe) emitiu nota de repúdio a manifestações de incitação à violência contra a comunidade acadêmica. O posicionamento se deu em meio a recentes postagens nas redes sociais que fomentam ódio e intolerância contra as pessoas que circulam pela Universidade.
O Cepe foi conduzido pela reitora da UnB, Rozana Naves, em substituição ao vice-reitor e presidente do colegiado, Márcio Muniz, que estava reunido com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) em razão das ameaças. O Conselho se reuniu no dia 3, no Auditório da Reitoria, campus Darcy Ribeiro, Asa Norte.
INFORMES – A reitora informou sobre a criação de uma comissão para elaborar minuta de resolução que aborda direitos autorais de imagens e de vídeos. O documento será enviado às unidades acadêmica, que terão até 17 de abril para fazer sugestões ao texto, de forma que a resolução seja votada na próxima reunião do conselho.
Outro comunicado foi acerca da elaboração de planos de contingência junto à Diretoria de Segurança (Diseg/PRC/UnB) para manifestações violentas dentro do campus Darcy Ribeiro. Neste sentido, haverá investimento do Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) na atualização dos softwares das câmeras de segurança, a fim de monitorar atos de violência e fortalecer a segurança dentro do campus.

Além disso, a Universidade pediu apoio à Polícia Federal (PF) no monitoramento de redes sociais, espaço de ameaças contra a UnB. A reitora reforçou que o intuito é aumentar a segurança, e que não haverá policiamento no campus.
A reitora reiterou o lançamento do edital nº1/2025 do Decanato de Extensão (DEX), Decanato de Ensino de Graduação (DEG), Decanato de Pós-Graduação (DPG) e Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI) em parceria com o Comitê de Enfrentamento à Desinformação da UnB. Objetivo é apoiar projetos e ações para enfrentamento à desinformação.
GREVE – A respeito da suspensão do edital do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex) devido à greve dos servidores técnico-administrativos da UnB, deflagrada em 20 de março, a decana de Extensão, Janaína Soares, afirmou que há um acordo entre os servidores, “assim que acabar a greve, soltarão os resultados". A categoria reivindica o cumprimento da determinação do Superior Tribunal Federal (STF) que garante o pagamento do percentual integral de 26,05% em seus contracheques. A paralisação se deu pois o pagamento vem sendo protelado por órgãos do Executivo.
Ademais, a reitora expressou apoio à greve dos servidores técnicos: “Naquilo que nos couber, vamos seguir defendendo a tese da manutenção dos 26,05% na forma determinada pelo STF. Estamos juntos nessa luta”.
*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB