NA WEB

Plataformas e conteúdos digitais educativos ajudam a ampliar o alcance da produção acadêmica dentro e fora da Universidade

A plataforma Aprender dispõe de recursos para apoio no desenvolvimento de atividades de ensino e aprendizagem. Imagem: Reprodução

 

A Universidade de Brasília está com suas atividades acadêmicas suspensas devido ao quadro de isolamento social para contenção do novo coronavírus. Ainda assim, a UnB não deixa de fomentar a circulação do conhecimento. A internet e as plataformas digitais são importantes aliadas na projeção de conteúdos e iniciativas desenvolvidos pela comunidade acadêmica. Outra vantagem dessas tecnologias é a diversificação da oferta de atividades complementares – aquelas que extrapolam os currículos acadêmicos e enriquecem a formação dos estudantes, sem, no entanto, substituir as aulas previstas no calendário da instituição.

 

O Moodle é um dos exemplos positivos de ferramentas digitais já utilizadas para suporte ao desenvolvimento de atividades de ensino e aprendizagem. Mais conhecido na UnB como ambiente virtual Aprender, ele funciona como uma sala de aula e facilita a interação entre professores e estudantes e a disponibilização de recursos e ferramentas pedagógicas.

 

Enquanto o semestre letivo está suspenso, a plataforma vem sendo adotada para oferta de cursos de formação continuada para a comunidade acadêmica e para realização de bancas de qualificação e de defesa na pós-graduação. Cursos abertos em diversas temáticas também estão disponíveis para facilitar a ambientação dos novos alunos nos cursos EaD ofertados pelo sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), até que o calendário acadêmico seja retomado.

 

O Aprender possui recursos para diálogo, como fóruns e chats, elaboração de apresentações interativas e realização de webconferências e atividades gamificadas – que engajam os alunos com uso de elementos dos jogos. Outra funcionalidade é o emprego do sistema como repositório de informações, com a possibilidade de inclusão de arquivos, links e atividades colaborativas.

 

Todo o suporte técnico para adesão à tecnologia é oferecido pelo Centro de Educação a Distância (Cead). Cerca de sete mil disciplinas da Universidade já utilizam-na para apoio ao desempenho de suas atividades – a cada semestre, 600 disciplinas são criadas no ambiente de aprendizagem.

Canal UnB Mais Educação é outra opção leva informação à sociedade sobre ensino, pesquisa e extensão na UnB. Foto: Reprodução

 

A coordenadora do Cead, Letícia Lopes, acredita que a ferramenta tem o potencial de inovar as práticas educativas. “Trata-se de uma das plataformas mais utilizadas no mundo por ter características importantes: segurança, diversidade de recursos educacionais, facilidade e flexibilidade de uso ", salienta. 

 

Ela pondera, no entanto, que a execução das atividades acadêmicas on-line ultrapassa a adoção do ambiente virtual. São requeridas determinadas adequações na lógica pedagógica que, devido às particularidades de algumas disciplinas, nem sempre são factíveis.

 

“Trabalhar uma disciplina integralmente a distância transcende o uso do Moodle porque envolve o emprego de metodologias específicas, a produção de material diferenciado e a formação do professor para atuação na modalidade”, reforça a docente.

 

UnB NA INTERNET –  Outras iniciativas on-line já existentes na instituição têm se fortalecido em tempos de pandemia. Para ampliar a produção de conteúdos educacionais na internet e sistematizar informações sobre a temática, a Coordenação de Integração das Licenciaturas do Decanato de Ensino de Graduação (CIL/DEG) inaugurou em 2019 o canal do YouTube UnB Mais Educação. No espaço virtual, as comunidades acadêmica e externa podem conhecer mais a fundo projetos, pesquisas e ações desenvolvidos na Universidade.

 

A coordenadora da CIL, Eloisa Pilati, explica que os conteúdos buscam complementar as discussões em classe e ampliar o alcance dos conhecimentos de excelência produzidos na UnB, além de servir como materiais de consulta e pesquisa.“Em tempos de isolamento, é muito importante que todos tenham acesso a conteúdos de qualidade, com possibilidade de adequação a horários e necessidades individuais. O canal ajuda a cumprir essa função: propiciar conhecimento confiável, gratuito, acessível e on-line”, afirma a professora.

 

Os vídeos, produzidos com apoio do Cead, são organizados em séries temáticas, com a participação de especialistas. Professores da Secretaria de Educação do Distrito Federal também colaboram com a iniciativa, que oportuniza o intercâmbio de experiências entre a Universidade e a educação básica.

 

As interações com a rede de ensino pública se estendem à oferta de atividades on-line para professores das escolas distritais no âmbito do projeto UnB+Escola. A iniciativa da CIL está em sua quarta edição e visa promover a formação inicial e continuada desses docentes, além de aproximar a academia da realidade das escolas. A primeira edição exclusivamente virtual do projeto já foi realizada e há perspectiva de organização de uma próxima. 

A professora Eloisa Pilati acredita no potencial das iniciativas on-line em ampliar o alcance do conhecimento e da informação de qualidade. Foto: Divulgação

 

A coordenação também tem trabalhado na produção de outros conteúdos digitais sobre iniciativas educativas da Universidade.

 

Entre eles, destaca-se um curso oferecido on-line sobre o projeto de ensino, pesquisa e extensão Gramaticoteca. O objetivo é a elaboração de materiais e métodos para a aprendizagem da gramática e o auxílio no desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita.

 

A professora Eloisa Pilati afirma que a procura pelo curso, que foi realizado em março e abril, foi grande: houve mais de 650 inscritos oriundos do Brasil e de outros países.

 

“A ideia surgiu porque o projeto sempre gera muito interesse por parte de professores e estudantes de graduação. Havia diversos cursos já agendados no Brasil e no exterior sobre a temática que foram postergados devido à pandemia”, menciona. As aulas sobre a Gramaticoteca estão disponíveis no YouTube.

 

PROJEÇÃO – As ações de extensão da Universidade têm ganhado maior visibilidade na internet com a atuação do programa especial Extensão e Comunicação em Rede. Criada em agosto de 2019, a iniciativa, vinculada ao Decanato de Extensão (DEX), busca estratégias para potencializar as informações de projetos de extensão em diversos canais de comunicação e para articular uma rede de divulgação dessas iniciativas. 

 

“Percebemos na Câmara de Extensão que existia um descompasso entre a quantidade e qualidade crescente de ações de extensão e a representação delas nos meios de comunicação”, justifica o coordenador do programa, Rafael Villas Bôas, o que motivou a proposta. Para fomentar nas equipes extensionistas a capacidade de atuação como comunicadores, uma das perspectivas do projeto é a oferta de um curso de formação em comunicação destinado a esse público.

O estudante Alexsandro Oliveira tem aproveitado os conteúdos publicados pelo programa Extensão e Comunicação em Rede. Foto: Arquivo pessoal.

 

Em meio à crise do novo coronavírus, o programa tem se valido da produção e publicação de vídeos informativos em canal do YouTube e no Instagram para apoiar a população no enfrentamento da Covid-19. No canal, é possível encontrar dicas do que fazer durante quarentena, orientações de onde buscar informações sobre o assunto e notícias do exterior divulgadas por professores e estudantes que estão em outros países.

 

O internauta também pode saber mais sobre a atuação da extensão da UnB em tempos de pandemia e o programa UnB 2030, para implementação dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS).

 

O estudante do segundo semestre de Fisioterapia Alexsandro Oliveira acompanha as postagens e acredita que os conteúdos contribuem para mantê-lo informado, além de enriquecer sua formação na área da saúde. “Nesse momento em que estamos trancados dentro de casa e sendo completamente bombardeados por vários tipos de conteúdos, é muito válido ter uma fonte confiável e uma base de informação”, avalia.

 

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