NEGRITUDE

Evento Geoafro pretende abordar a invisibilização do sujeito pelo Estado e a segregação dos espaços

Erivaldo Oliveira, Kabenguele Munanga e Rafael Sanzio estarão no evento. Fotos: Janine Morais/Secretaria de Cultura e divulgação. Montagem: Raquel Aviani/Secom UnB

 

Acontece nesta quarta-feira (24), às 10h, o webinário Geoafro – o Brasil africano e a geopolítica do racismo estrutural do Estado. Mediado pelo professor do Departamento de Geografia (GEA/UnB), Rafael Sanzio, o encontro contará com a presença do professor visitante sênior da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), Kabenguele Munanga e do ex-presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira. As inscrições são gratuitas, mas limitadas a 250 participantes e podem ser feitas até as 18h desta terça-feira (23).

 

Durante o evento, que acontecerá pela plataforma Google Meet, os palestrantes devem chamar a atenção para a perpetuação do fenômeno do racismo estrutural, que privilegia alguns em detrimento de outros e nega direitos como dignidade em abordagens policiais, proteção e oportunidades. É uma dinâmica velada aos olhos não atentos. 

 

O racismo estrutural é um tema abordado frequentemente nas esferas acadêmicas e ativistas. Muitas vezes, contudo, percebe-se falta de compreensão da sociedade sobre a questão. "Chega de repetir estatísticas.Temos que mudar as estruturas da sociedade com propostas bem definidas teoricamente com coragem para participação social", afirma Erivaldo Oliveira. 

 

Com o debate ampliado, Oliveira espera que a sociedade pense como um todo e discuta as mudanças necessárias em pé de igualdade. Para Erivaldo, uma das situações que exemplifica o fenômeno é a falta de representação do negro em estruturas de poder. "Inclusive, nas instituições pensadas para defender o negro do racismo estrutural e de outras formas, há pessoas que não coadunam com esse pensamento", pontua.

 

Rafael Sânzio, mediador do evento, acredita que o debate pela ótica da geopolítica consegue revelar o que é visto ou invisibilizado pelo Estado brasileiro. "A Geografia Afrobrasileira possibilita ver o que muitos não querem enxergar, mesmo usando artifícios de negação da realidade", defende.

 

O evento é uma realização do Projeto Geoafro com o apoio do Centro de Cartografia Aplicada (Ciga/GEA), do Instituto Geodireito, da UnBTV e do Instituto Baobás.

 

SERVIÇO – Webinário Geoafro  – o Brasil Africano e a Geopolítica do Racismo Estrutural do Estado. Transmissão pelo aplicativo Google Meets na quarta-feira (24), 10h. O link de acesso será enviado por e-mail aos inscritos. Inscrições até as 18h de terça-feira (23), gratuitas e limitadas a 250 vagas. O conteúdo será disponibilizado posteriormente no canal Brasil Africano no YouTube.

 

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