ANIVERSÁRIO

Campi de Ceilândia e Gama foram inaugurados em 26 de agosto de 2008, como parte do projeto de expansão da UnB. Conheça um pouco mais sobre cada um

Os campi foram criados com o objetivo de integrar moradores de regiões descentralizadas do DF ao ensino superior. Fotos: Luis Gustavo Prado e André Gomes/Secom UnB

 

Nesta sexta-feira (26) a Faculdade UnB Ceilândia (FCE) e a Faculdade UnB Gama (FGA) completam 14 anos de história. Inaugurados em 2008, os campi foram projetados como parte das iniciativas de ampliação da UnB para outras regiões administrativas por meio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Esta mesma ação resultou na criação da Faculdade de Planaltina (FUP) anos antes, em 2006.

 

Pensadas com diferentes vocações e para atender uma demanda de formação em suas respectivas regiões, a FGA é voltada para as áreas das engenharias e a FCE engloba os cursos com enfoque na área da saúde. Apesar das diferenças de atuação e localidade, os campi dividem uma história de conquistas, que perpassa o impacto junto à comunidade, a excelência acadêmica e a formação de profissionais com qualidade para o mercado de trabalho. Conheça mais sobre estas unidades por quem as vivencia e as constrói no cotidiano.

 

CONQUISTA DA COMUNIDADE – O diretor da Faculdade UnB Ceilândia, João Paulo Chieregato, lembra que o campus nasceu do “sonho da comunidade local, que lutava por uma instituição pública que pudesse oferecer para os moradores da região ensino e formação de profissionais de qualidade”. A FCE já formou mais de 3.600 profissionais da área de saúde, entre graduados, mestres e doutores. Atualmente, são ofertadas mais de 300 vagas semestrais em seus cursos e a Faculdade conta com 2.749 alunos e 156 docentes efetivos.

 

A FCE tem seis cursos de graduação – Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Saúde Coletiva –, dois programas de pós-graduação stricto sensu – Ciências e Tecnologias em Saúde (mestrado e doutorado) e Ciências da Reabilitação (mestrado) – e quatro cursos de especialização lato sensu: Análises Clínicas, Fisioterapia Traumato-Ortopédica, Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia Neurofuncional.

“A FCE continua comprometida em manter o seu padrão de qualidade e cumprir o compromisso social de auxiliar o acesso da comunidade à saúde pública de qualidade", ressalta João Paulo Chieregato. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

O diretor da FCE conta com orgulho sobre o trabalho realizado no campus, sobretudo no contexto pandêmico: "A FCE não fechou nem um dia durante a pandemia, nosso trabalho é presencial, seguiu permanente, e fizemos uma organização própria para seguirmos nesse período”. A intenção era “formar mais de 600 profissionais que foram diretamente para a assistência e para áreas de enfrentamento à covid-19”.

 

Segundo João Paulo Chieregato, a FCE tem buscado manter seu padrão de qualidade e cumprir seu princípio social, proporcionando para sua comunidade acadêmica, para o entorno e para o país a formação de profissionais de saúde de qualidade. “Estamos muito focados no país e engajados em nos inserirmos na realidade para melhorar as condições sociais do nosso país”.

 

Para Thiago Vidal, egresso de Fisioterapia, as conquistas em sua carreira estão relacionadas à FCE. “Foi o lugar em que eu estive em contato com a população, dentro dos projetos de extensão e de pesquisa. Comecei a ver pesquisas para a comunidade de Ceilândia e a pensar: realmente é a área que quero seguir para a minha vida”. O fisioterapeuta acaba de embarcar para o mestrado em Ciências da Reabilitação na McGill University, em Montreal, Canadá, oportunidade que surgiu a partir de seu vínculo com o campus.

 

Thiago explica que o diferencial do campus é a extensão e os projetos de pesquisa, iniciativas que, segundo ele, são benéficas para o apoio curricular e também para a comunidade que permeia a instituição. “Esses projetos alcançam, além do entorno da FCE, outros estados do Brasil, então essas parcerias te trazem não apenas possibilidade de pesquisa, mas novos caminhos para seguir”.

 

 

VALORIZAÇÃO DA PRÁTICA – A FGA foi a princípio instalada, de forma provisória, no Fórum do Gama e em outros espaços, como o Estádio Bezerrão e o Sesc Gama. O espaço físico definitivo só foi inaugurado em 2011. Inicialmente foram ofertados quatro cursos, e agora o campus já soma seis: Ciências Naturais Aplicadas, Engenharia Aeroespacial, Engenharia Automotiva, Engenharia de Energia, Engenharia de Software e Engenharia Eletrônica.

Sandro Haddad (esq.) e Juliana Petrocchi frisam que a integração entre cursos da FGA resultam em profissionais mais preparados para o mercado de trabalho. Foto: André Gomes/Secom UnB

 

Na pós-graduação, a oferta é de quatro cursos: o Programa de Especialização em Engenharia Clínica, o mestrado em Engenharia Biomédica, o Programa de Pós-Graduação em Integridade de Materiais da Engenharia e o Programa de Especialização em Informática na Educação. Hoje, a instituição conta com 2.861 alunos, 150 docentes e 280 vagas ofertadas semestralmente. Em torno de 3 mil discentes se formaram pela instituição.

 

O professor Sandro Haddad, diretor da FGA, acredita que o destaque da Faculdade está na integração entre os cursos. “Os estudantes entram em um curso chamado engenharias e, só após o terceiro semestre, fazem a escolha do curso de destino”.

 

Segundo ele, isso permite uma maior interdisciplinaridade entre componentes curriculares, cursos e projetos de extensão. “Nós também incentivamos muito a organização de eventos que engajem alunos, competições e parcerias com empresas”, explica.

 

A professora Juliana Petrocchi, da Engenharia de Energias, concorda com o relato. Ao falar sobre a inovação no ensino na FGA, ela conta que “os alunos das engenharias trabalham em projetos reais, para que vejam a aplicabilidade da engenharia no mercado de trabalho ou para resolver um problema da sociedade”.

 

>> Vídeo da UnBTV parabeniza a FGA pelos seus 14 anos de história

 

Um exemplo é um projeto integrador realizado em parceria com o Centro de Ensino Médio 4 de Santa Maria. Os graduandos foram até a escola e identificaram necessidades e problemas para que pudessem ajudar a resolver, como a melhor utilização do espaço escolar para o ensino e até mesmo o controle de frequência dos estudantes do CEM 04. “Dividimos nossos estudantes em grupos compostos pelas cinco engenharias (Aeroespacial, Energia, Software, Eletrônica e Automotiva) em um projeto que ajude a controlar a entrada e saída dos alunos, de forma que os professores tenham acesso à presença ou à ausência dos alunos por meio da passagem pela catraca”, explica Juliana Petrocchi.

 

Segundo a docente, a intenção de iniciativas como essa é tirar os discentes do ambiente universitário e mostrar onde eles podem se encaixar no mercado de trabalho, além de aplicar na vida real os conhecimentos adquiridos no campus.

 

Ações como essa têm agradado aos estudantes. Paulo Nascimento, é aluno do sexto semestre de Engenharia de Software e compartilha que “está sendo uma experiência incrível conhecer o campus, ter contato com os professores de fato, poder ver os laboratórios de projetos”.

 

Sentimento compartilhado por Rebeca Guimarães, do quinto semestre de Engenharia Aeroespacial. “Me descobri cada vez mais desde que cheguei na FGA. Fui muito bem recebida e conheci pessoas que nunca iria conhecer, com interesses semelhantes aos meus.” Rebeca conta ainda que o auxílio dos docentes é fundamental no ensino da instituição. “Professores sempre tentam nos auxiliar, tentando entender o aluno, o que é muito importante num curso de Engenharia para formar bons engenheiros.”

 

Confira vídeo da UnBTV em celebração aos 14 anos da FCE:

 

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