Já são 15 anos de Faculdade UnB Ceilândia (FCE), recém-completados no dia 26 de agosto. Para marcar esta trajetória, celebrações se estendem ao longo de setembro e reúnem a comunidade para lembrar as conquistas do campus e projetar os próximos passos.
“Estes 15 anos revelam uma instituição adolescente, muito motivada, sonhadora e crente que é possível fazer cada dia mais para transformar a sociedade. E, ao mesmo tempo, que já se reconhece diante de uma trajetória que permitiu ter uma identidade própria”, destaca o diretor da FCE, João Paulo Chieregato.
No dia 6, uma cerimônia marcará o auge da festividade e contará com presença da reitora Márcia Abrahão, de ex-reitores e de professores que fizeram parte da história do campus. A atividade terá início às 8h com um café da manhã musical, seguido de solenidade que apresentará momentos históricos e também perspectivas para o futuro. Durante o evento, será divulgada a logo comemorativa dos 15 anos da FCE, que será utilizada até o próximo aniversário.
IMPACTO SOCIAL – Chieregato comenta com orgulho a repercussão positiva da ampliação dos campi da UnB: “Queremos falar sobre nossos projetos e o que estamos trabalhando para o futuro. Nesses primeiros anos, tivemos a oportunidade de ver a proposta de expansão, que ainda era uma aposta, virar realidade. Em pouco tempo, os cursos obtiveram notas máximas, demonstrando que a vinda para a periferia foi exitosa”, emociona-se.
“Semestralmente, reafirmamos a qualidade dos profissionais que a gente formou aqui. Eles têm qualidade de trabalho interprofissional, estão prontos para solucionar problemas e para contribuir com a rede de saúde”, afirma o diretor.
Na ocasião, além de falar sobre as conquistas e da qualidade dos profissionais, será hora de abordar as demandas da comunidade ceilandense. “Nós reconhecemos o nosso propósito de estar aqui, em um lugar de extrema desigualdade. Entendemos nosso papel de olhar as demandas que a sociedade tem, como a ampliação dos cursos e do ensino noturno, por exemplo”, pontua.
Segundo o gestor, uma das propostas que será apresentada é a criação do Centro Integrado de Saúde (CIS), uma espécie de clínica escola para prestar assistência à comunidade.
OUTROS DESTAQUES – A programação conta também com o primeiro Workshop – Atualização Pedagógica na Educação Interprofissional em Saúde, no dia 5 de setembro. “Esse evento vai trazer professores de outras universidades para debater e fazer algumas oficinas sobre o formato de formação interprofissional. O foco é a integração dos profissionais da saúde, para melhor cuidado e assistência em saúde”, conta Chieregato.
As comemorações seguem em outros dois eventos: o circuito Cross Cerrado, em 22 de setembro, com uma corrida de 5 Km pelo campus, a partir das 8h30, e a 1ª Festa da Família da FCE, que fará a integração entre servidores e familiares, em 23 de setembro, também às 8h30.
HISTÓRIA – Inaugurada em 2008 como parte do projeto de expansão da UnB, a FCE tinha o desafio de ampliar e criar novos cursos na área da saúde. Já no primeiro semestre, ofertou 240 vagas em cinco cursos: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Saúde Coletiva. Em 2013, criou ainda o curso de Fonoaudiologia.
Então morador de Samambaia e aluno da primeira turma de Fisioterapia da FCE, Paulo Henrique Barbosa hoje é professor no mesmo campus em que estudou. Na época, enfrentou os problemas do funcionamento provisório da FCE, que esteve instalada em dois locais: o Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) e o Centro de Ensino Médio 04 de Ceilândia.
“Eu passei no Vestibular com 17 anos e, naquela época, eu tinha a ideia de que ser pioneiro ia ser ótimo, e não que era um experimento”, conta Paulo Henrique. “Mesmo assim, ainda na recepção de calouros, os professores acenderam uma fagulha para eu querer me tornar não só fisioterapeuta, mas pesquisador e professor”, relembra o egresso e agora docente.
Ele conta que participou de todos os processos possíveis da vida acadêmica. "Participei de monitoria, extensão, iniciação científica e também das manifestações estudantis. Certa vez, nós paramos a Avenida Hélio Prates para que nos transferissem para um local melhor”, relata.
Instalações provisórias no limite e mobilizações estudantis marcaram a história da FCE, até a inauguração do campus definitivo da unidade, em 2012. Atualmente, já são mais de 3 mil alunos de graduação, 190 alunos de pós-graduação, 167 professores (efetivos e substitutos) e 71 servidores tecnicos-administrativos na unidade.
Além dos seis cursos de graduação, a FCE também tem dois programas de pós-graduação stricto sensu – Ciências e Tecnologias em Saúde (mestrado e doutorado) e Ciências da Reabilitação (mestrado) – e quatro cursos de especialização lato sensu – Análises Clínicas, Fisioterapia Traumato-Ortopédica, Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia Neurofuncional.
>> Leia o artigo FCE: 15 anos de lutas e conquistas
