A primeira Estação de Telessaúde Integrada e de Bem-Estar do Brasil foi inaugurada, na quinta-feira (21), em solenidade na Faculdade UnB Ceilândia (FCE). A estrutura busca ampliar o acesso da população a serviços de saúde, com foco em pacientes de 60 anos ou mais. A Universidade de Brasília coordena a fase de avaliação e implementação do projeto, que foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) com apoio do Ministério da Saúde (MS).
A estação tem 6 m², recursos de acessibilidade, projeto arquitetônico que otimiza seu espaço e que viabiliza o atendimento humanizado em diversas especialidades da saúde como telemedicina, telefarmácia e telegeriatria.
A unidade instalada na FCE é uma prova de conceito, ou seja, versão em fase de teste e de elaboração de protocolos de atendimento. Por isso, nesta etapa será atendida apenas a comunidade do campus. A proposta é de, no futuro, replicar a estrutura pelo país, o que será viabilizado por meio do Novo PAC, programa de investimentos coordenado pelo governo federal em parceria com a iniciativa privada.
Na cerimônia de lançamento, a secretária de Saúde Digital do MS, Ana Estela Haddad, enfatizou benefícios que a tecnologia traz para a população, especialmente às comunidades em regiões de difícil acesso.
“A vantagem é ampliar a mobilidade, levar a telessaúde para locais remotos – que, às vezes, não têm infraestrutura de energia elétrica e rede de internet –, com agilidade, ampliar o acesso da população às ações e serviços de saúde”, comemorou Ana Estela Haddad.
No evento foram anunciadas as próximas capitais a receberem a estrutura: Santos, em São Paulo; e Manaus, no Amazonas.
PARCERIA – O projeto foi idealizado e liderado por Chao Lung Wen, docente da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde (ABTms), com apoio do Ministério da Saúde. A convergência da perspectiva educacional da Faculdade UnB Ceilândia com os propósitos do projeto motivou a cooperação para inaugurar a estação no local.
“Aqui nós vamos desenvolver uma série de protocolos para colocar em funcionamento a telessaúde. Vamos trabalhar de forma interprofissional e desenvolver uma qualificação e humanização no acesso às consultas”, detalha Margô Gomes, coordenadora do programa de extensão Universidade do Envelhecer (UniSer/UnB) que, juntamente com a docente da FCE Vívian Santos, que lidera o projeto na UnB.
Margô e Vívian foram responsáveis por articular a parceria com a equipe da USP, por meio do Centro Integrado de Ensino e Pesquisa UniSER (CIU).
“Quando fizermos os primeiros testes com a população e realizarmos os ajustes baseados na perspectiva do paciente, a ideia é apresentar os dados ao Ministério da Saúde para que a estação possa ser replicada para todo o Brasil”, conta Vivian Santos, à frente da prova de conceito da estrutura.
Confira mais sobre a inauguração da Estação em reportagem da UnBTV: