GESTÃO

Decanato de Pesquisa e Inovação trabalha em frentes administrativas e acadêmicas. Organização e transparência são palavras-chave

 

Decana Maria Emília Walter (centro) e diretores do DPI João Bosco e Cláudia Amorim fazem balanço positivo dos primeiros seis meses do decanato. Foto: Amália Gonçalves/Secom UnB

 

Neste mês de julho, o Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI) da Universidade de Brasília completou seus primeiros seis meses de trabalho. Criado para otimizar processos e incentivar o crescimento da pesquisa na UnB, o decanato já apresenta resultados concretos e perspectivas otimistas.

Em entrevista à Secom, a decana Maria Emília Walter, a diretora de Pesquisa, Cláudia Amorim, e o diretor de Apoio a Projetos Acadêmicos, João Bosco, falaram sobre os principais avanços conquistados. Organização do potencial da Universidade, clareza de informações institucionais e agilidade nos processos têm sido, segundo eles, conceitos essenciais neste trabalho.

A mudança física do novo decanato, do prédio da Reitoria para o do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT), no início do mês, demonstra o empenho em fazer com que os fluxos de trabalho sejam otimizados de forma a diminuir a burocracia.

“A tramitação de processos está muito diferente para nós desde que viemos para o CDT. A pessoa que vem aqui hoje consegue ter, em um só lugar, informações sobre todas as fases do processo e, internamente, podemos resolver questões com agilidade”, relata a diretora Cláudia Amorim. A expectativa é que, ao longo deste segundo semestre, mais pessoas possam perceber essa melhora.

PRINCÍPIOS NORTEADORES – De acordo com a decana Maria Emília Walter, as ações do DPI têm se concentrado em três frentes principais: inovação, avanço coletivo da pesquisa e levantamento de dados. “O próprio conceito de inovação na Universidade é muito amplo. Pode adquirir diferentes formas. Há inovação social, educacional, administrativa e, claro, tecnológica, que é o conceito mais compreendido popularmente. Temos buscado entender esse leque de oportunidades”, explica.

Maria Emília cita os eventos organizados pelo decanato ao longo do primeiro semestre de 2017 – Jornada de Inovação e Inovatech – como exemplos das propostas de discussão realizadas entre gestores, docentes, alunos de graduação e de pós-graduação.

Em relação ao avanço da pesquisa de maneira coletiva, a equipe concluiu, após estudos e mapeamentos, que a Universidade tem a pesquisa científica básica muito forte, mas ainda é preciso avançar na institucionalização de projetos que, hoje, estão restritos a algumas unidades acadêmicas e áreas de interesse.

“Está claro que temos um capital mal aproveitado aqui dentro, em recursos materiais, em ideias, em recursos humanos. É possível que, após descobrirmos e mapearmos tudo de que dispomos, haja uma surpresa a respeito do que somos”, avalia a diretora Cláudia Amorim. “Temos 2.777 professores e 506 grupos de pesquisa na UnB cadastrados no CNPq. Isso resulta em uma média de 3,5 professores por grupo. O que vamos fazer agora é identificar as áreas onde estão concentrados esses grupos, quais precisam de incentivo e pensar nossos editais neste sentido, valorizando grandes temas que fortaleçam nosso tripé de ensino, pesquisa e extensão", complementa.

Com o objetivo de viabilizar estas melhorias, foi instituída recentemente a Comissão Permanente de Avaliação da Infraestrutura de Pesquisa na UnB. Com representantes docentes de todos os campi e áreas de conhecimento, o grupo pretende realizar um diagnóstico dos laboratórios e equipamentos da instituição. O intuito final é avançar no compartilhamento de recursos.

“A coletivização é um movimento que acontece no mundo todo e que queremos trazer para a UnB. Acreditamos que reduzir o isolamento seja a melhor maneira de colaborar efetivamente, fazendo com que nossa produção de conhecimento chegue à sociedade”, afirma a decana Maria Emília.

A ideia é que, a partir da definição de grandes temas de pesquisa e da catalogação completa dos bens que estão à disposição da Universidade, pesquisadores de áreas afins possam dividir estruturas de laboratórios, equipamentos e insumos, gerando eficiência e economia. Além disso, acompanhar mais de perto o que é feito na Universidade em termos de pesquisa ajudará a instituição na resposta a questionamentos de órgãos de controle.

“Verificamos que a UnB precisa ter mais clareza na prestação de contas sobre os projetos executados. A administração superior tem instituído comissões para se debruçarem sobre esses temas. Estamos trabalhando intensamente nessas ações para que eventuais irregularidades não se repitam”, diz a decana de Pesquisa e Inovação.

A equipe considera um grande avanço o fato de ter reunido resoluções da Universidade em documentos mais claros, para que os docentes possam se concentrar cada vez mais na pesquisa científica e menos nos trâmites burocráticos. “A dispersão de informações é um dos problemas que temos na UnB, que dificultam até mesmo saber por onde começar. Medidas como essas facilitam muito”, considera Cláudia Amorim.

PERSPECTIVAS – Para o responsável pela Diretoria de Apoio a Projetos Acadêmicos do DPI, João Bosco, já é perceptível outro comportamento dos docentes em relação à estrutura do novo decanato. “Eles estão positivos, acreditam que está em curso uma mudança extremamente benéfica para seus trabalhos. Os professores que procuram a diretoria saem de lá satisfeitos em ter orientações claras, em não precisarem pensar sozinhos no desenvolvimento de seus projetos e em como eles se alinham aos interesses da Universidade. Isso nos abre uma nova perspectiva de crescimento”, comemora.

O trabalho de consolidação de dados e de criatividade para ampliar o potencial acadêmico da UnB e dar mais agilidade e transparência aos processos da instituição segue. A decana Maria Emília Walter estima que a fase de reorganização interna dure pelo menos mais um ano – segundo ela, prazo adequado, de acordo com experiências tomadas como modelo pela UnB.

“A resposta da comunidade tem sido muito boa. É importante ressaltar que as medidas que estamos implantando são baseadas em exemplos de universidades já eficientes nos quesitos de captação de recursos, execução de projetos e prestação de contas, tal qual almejamos ser”, esclarece a decana.

ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.