INTERCÂMBIO

Encerramento do evento reuniu especialistas e docentes para falar sobre divulgação científica

O evento ocorreu no IQ e contou com a participação de jovens cientistas. Foto: André Gomes/Secom UnB

 

Entre os dias 9 a 11 de outubro, a Universidade de Brasília sediou a 23ª Conferência de Jovens Cientistas do Parceiro Regional da América Latina e do Caribe da Academia Mundial de Ciências (TWAS-LACREP) e a 2ª Conferência Regional da TYAN para a América Latina e Caribe. O evento ocorreu no Instituto de Química (IQ), campus Darcy Ribeiro. 

 

TWAS é uma academia de ciências de alcance global. Com sede em Trieste, Itália, a organização foca na elaboração e avanço científico com vistas a promover prosperidade sustentável em países em desenvolvimento. O braço jovem da Academia é o TYAN, que agrega iniciantes e jovens cientistas da TWAS em uma rede de contatos e de intercâmbio de colaboração.

 

PANORAMA – Reunindo jovens pesquisadores e cientistas experientes em troca de conhecimentos sobre temas relevantes para a região da América Latina e Caribe, o evento teve participação em profissionais de áreas distintas de Ciências Exatas, Inovação e Tecnologia. Sustentabilidade, aumento da representatividade de grupos minoritários na ciência e divulgação e promoção de trabalhos científicos de qualidade foram alguns dos temas debatidos. 

Mesa de abertura da conferência reuniu nomes de relevo para a ciência. Foto: Start Assessoria de Comunicação

 

Dentre vários nomes de revelo para a ciência, participaram da mesa de abertura da conferência Ricardo Galvão, presidente do CNPq; Maria Emília Walter, decana de Pesquisa e Inovação da UnB; Inácio Arruda, secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI; Franco Cabrerizo, chair da TYAN; Ricardo Ruviaro, diretor do Instituto de Exatas da UnB; e Fabio Naro, adido científico da Embaixada da Itália no Brasil.

 

Também participaram do evento pesquisadores oriundos de vários países do continente americano, como México, Costa Rica, Bolívia, Argentina, Chile e Honduras.

 

DIFUSÃO DA CIÊNCIA – A mesa de encerramento da conferência debateu formas de realizar comunicação científica. Foram convidadas Mônica Nogueira, chefe da Secretaria de Comunicação (Secom/UnB); a docente do Instituto de Física (IF) Adriana Ibaldo; a especialista em biodiversidade do Instituto Socioambiental (ISA) Nurit Rachel Bensusan; e a diretora do Instituto da Cultura Científica na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Mariana Rodrigues Pezzo, que participou remotamente. 

 

“Esta mesa é uma oportunidade de ouvir essas companheiras, que dedicam tempo de reflexão e ação para a divulgação científica, para que possam compartilhar experiências e também nos provocar a pensar sobre esse desafio”, iniciou Mônica Nogueira.

A secretária de comunicação definiu a divulgação científica durante a palestra como um imperativo ético-político, e enfatizou como a população passa por um “período no qual a ciência tem sido interpelada quanto à hegemonia que exerce sob outros sistemas de conhecimento”.

“A ciência também é convidada a se aproximar mais da sociedade, e ponderar sobre as críticas quanto ao caráter elitista do campo acadêmico”, destacou a chefe da Secom UnB, Mônica Nogueira, no decorrer de sua apresentação. Foto: André Gomes/Secom UnB

 

Já a docente Adriana Ibaldo, coordenadora do projeto Atraindo meninas e jovens mulheres do DF para a carreira em Física, do Grupo de Fundamentos, Divulgação Científica e Estudos de Gênero do IF, alertou para a necessidade de tornar a ciência acessível e de buscar maneiras de transmitir o conhecimento científico para a população. “Eu posso passar informações sobre átomos e ligações químicas, mas eu não preciso que as pessoas resolvam uma equação”, explicou a professora.

 

“Nós, como cientistas e educadores, temos o compromisso com a democratização do acesso à ciência e devemos exercer a autocrítica. Pensar como podemos aprimorar nosso exercício conforme um cientista nessa aproximação com a sociedade”, destacou Nogueira.

 

Nurit Rachel Bensusan trouxe para a discussão o termo "popularização da ciência", e citou alguns pontos que não devem pautar a divulgação científica: “mera tradução do discurso científico; forma de fomentar uma visão acrítica ou triunfalista dos avanços da ciência e tecnologia; e consolidar a ideia de que a ciência é a única maneira de conhecimento válido a aceitar”.

 

APOIO – Para a realização das palestras, sessões e painéis, a conferência obteve patrocínio do IQ, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), da Academia Brasileira de Ciências, do Departamento de Matemática (MAT/IE/UnB) e do Instituto Serrapilheira.

 

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*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB, com informações da Start Assessoria de Comunicação.

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