INTERNACIONAL

Experiência é resultado de acordos de cooperação entre UnB e instituições de ensino do país europeu

Estudantes de Engenharia de Software e Mecatrônica desenvolveram atividades na empresa Airbus, localizada em Munique, na Alemanha. Foto: Arquivo pessoal

 

Dois estudantes da Universidade de Brasília (UnB) tiveram a oportunidade de fazer intercâmbio na cidade de Munique, na Alemanha. A experiência foi possível graças ao acordo de cooperação vigente com a Universidade de Ciências Aplicadas de Ingolstadt (THI), pelo qual o professor Giovanni Almeida Santos, de Engenharia de Software na Faculdade UnB Gama (FGA), mediou a ida ao país para estágio técnico na gigante aeroespacial Airbus.

 

“A internacionalização da UnB proporciona aos nossos estudantes a aquisição de uma experiência mais ampla ao longo do curso, já que eles terão a oportunidade de ter contato com outras culturas e diferentes tecnologias”, diz Giovanni. “Isso contribui para que nossos alunos possam ter uma visão de mundo mais ampla e, consequentemente, se tornem profissionais melhor capacitados”, completa o docente, que também é responsável pelo Memorando de Entendimento da UnB com a Universidade de Ciências Aplicadas de Hamm-Lippstadt (HSHL).

 

“Não tenho dúvidas de que o nível de ensino das Engenharias da UnB é equiparável ao nível [dos cursos] da Alemanha”, afirma Giovanni. “Nossos alunos adquirem conhecimentos aqui na UnB que os possibilitam trabalhar não só na Alemanha, como em outros países desenvolvidos.” O professor, no entanto, enxerga que as instituições de ensino alemãs possuem equipamentos mais modernos disponíveis, além de ter uma “uma cultura mais consolidada de parceria universidade-empresa, o que facilita bastante a integração dos estudantes com a indústria”.

 

“Por outro lado, apesar de nem sempre termos na UnB a possibilidade de oferecer aos nossos alunos os equipamentos mais avançados, temos uma capacidade elevada de propor soluções criativas e eficientes com os recursos que temos à disposição”, comenta.

 

Atualmente, há seis estudantes de graduação em intercâmbio na HSHL, e segundo Giovanni Almeida, a oferta de vagas para estudar e estagiar em outros países irá englobar alunos de mestrado.

 

“Do ponto de vista institucional, além da ampliação da visibilidade da UnB no exterior, este tipo de parceria proporciona a formação de redes de cooperação e a troca de conhecimento com pesquisadores das instituições estrangeiras, resultando, muitas vezes, na realização de projetos em conjunto e na publicação de artigos científicos”, menciona.

 

Um dos estudantes que foram a Munique para estagiar na Airbus é Alexandre Miguel Nunes, de Engenharia de Software. “De início foi um choque, principalmente porque é muito diferente da cultura brasileira”, constata. “É uma cultura em que a regra está mais sobreposta que a praticidade, em que o individualismo rege muito a sociedade de um jeito mais prático do que no Brasil, digamos assim.”

Alexandre Miguel Nunes ficou seis meses realizando intercâmbio na Universidade de Ciências Aplicadas de Ingolstadt (THI) e estágio na Airbus. Foto: Arquivo pessoal

 

O aluno da FGA, que está no 13° semestre do curso, desenvolveu atividades de pesquisa e leitura sistemática da documentação de placas. “Acredito que o maior ganho profissional que eu tive foi o de aprender a me virar em diferentes ambientes, a conseguir encontrar soluções mesmo em locais inóspitos ou na falta de recursos linguísticos, principalmente”, conta Alexandre.

 

Ele afirma, ainda, sentir-se bastante preparado para o mercado de trabalho, tanto nacional quanto internacional. “Eu acho que me preparou muito até para poder também entender quais são os níveis de expectativa dos contratantes em relação ao que a gente vai desempenhar, e como eu estava lá [na Airbus] como estagiário durante um bom tempo, eu tinha esse acesso ao dia a dia.”

 

Alexandre relata que colocou em prática muito do que viu em sala de aula, além de aprender conteúdos que ele não vivencia tanto na UnB. “Foi muito interessante porque eu tive matérias que fundamentam essas ideias e pude colocá-las em prática, o que creio que, mesmo não me tornando profissional, vai ser algo do cotidiano”, diz. “Não foi fácil. Tive que me esforçar bastante em um contexto totalmente diferente do que estou acostumado, mas foi muito gratificante perceber que eu consegui ter um progresso nas atividades que estava desempenhando”, compartilha.

 

*estagiário em Jornalismo na Secom/UnB.

 

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