Quatro alunas do Departamento de Administração (ADM) da UnB se classificaram para a fase final da 28ª edição da NIBS Worldwide Case Competition, tradicional competição internacional sobre negócios, que testa capacidade de resolução de casos empresariais. Ao todo, 16 equipes de todo o mundo desembarcam em Dublin, na Irlanda, em março. A Ipê Consulting, formada por Ana Loise (terceiro semestre), Beatriz Santos (quarto), Joana Lima (primeiro) e Sarah Alkimim (sétimo), é a primeira equipe brasileira a chegar tão longe na competição.
Habilidade para resolução de problemas, perspicácia em negócios, conhecimentos culturais, habilidades de comunicação e capacidade de trabalho em grupo estão em jogo na NIBS. As equipes são compostas por quatro estudantes de graduação que representam sua universidade. As provas consistem em análises de casos com tempo e conexão à internet limitados, considerando desafios e necessidades de cada situação e trazendo soluções. Os desafios apresentados são de empresas reais e de diversos ramos.
“Fiquei muito interessada em participar, pois nunca havia entrado em nenhuma competição assim. É uma honra representar a UnB entre os 16 times escolhidos para a fase final. Ao longo da jornada os desafios vão se intensificando e o tempo diminuindo”, conta Beatriz Santos. As competidoras têm quatro horas para debater e resolver o case, além de 15 minutos para apresentação do exercício ao júri.
A equipe é monitorada e guiada pelos docentes Bruno Honorato e Herbert Kimura, da Faculdade de Administração, Contabilidade, Economia e Gestão pública (Face). As alunas realizam treinamentos analisando casos em conjunto, assim como é feito na competição.
O grupo foi montado por meio de processo seletivo realizado pelo departamento, e os vencedores formaram a equipe. “A gente fez uma prova no formato GMAT, uma avaliação usada nas melhores universidades do mundo. Depois, passamos por entrevistas individuais e coletivas e, por último, um estudo de caso em grupo. As melhores notas foram selecionadas, e essas somos nós”, explica Sarah Alkimim.
Ao falar sobre a decisão de embarcar nessa aventura, Ana Loise conta como foi movida pela oportunidade de representar a UnB em outro país. “Além de ter sido um sonho ter uma experiência internacional dentro da UnB, essa é uma oportunidade única de mostrar o quão boa é a educação que a gente recebe aqui. É uma Universidade muito boa, que merece mais destaque lá fora. Eles não sabem o tanto que a gente é bom e do que que a gente é capaz. Então a gente levar isso pra fora, ainda mais sendo o primeiro time a representar o Brasil, não somente a UnB, é um orgulho”, afirma.
As expectativas das alunas são altas, por isso os treinamentos têm sido intensos e sem intervalo, mesmo durante as férias. “Chegamos até aqui e temos capacidade de ir mais longe, por isso os treinos. São três vezes na semana, duas vezes em casa estudando livros, resenhas e vídeos dos conteúdos passados. E toda quarta-feira temos encontros presenciais, das 8h às 12h. Estamos nas férias estudando bastante para realizar esse sonho real de vencer”, ressalta Joana Afonso.
APRENDIZADO JÁ É VITÓRIA – Bruno Honorato reconhece a NIBS como uma importante premiação na área de business, com foco em formar futuros profissionais que possam ser líderes internacionais na área de negócios. Tendo em vista essa grande oportunidade, decidiu, junto ao professor Herbert Kimura, fazer o processo seletivo para formar a equipe.
“O meu foco como professor, e acredito que o do departamento também, é o aprendizado. Então nós, enquanto Universidade, pensamos que o estudante ganha mais uma oportunidade de desenvolvimento e ainda temos o ganho do aprendizado e da institucionalização das práticas de internacionalização”, compartilha o docente.
Honorato admite que seria muito bem-vindo o grupo vencer, mas garante que o foco é, a partir do processo de treinamento, o próprio desenvolvimento das estudantes. “Elas fizeram um projeto de patrocínio exemplar, fizeram uma divulgação exemplar, fora o esforço do treinamento, já vencemos nesses pontos.”
Outro ganho é a visibilidade para os talentos da Universidade. “A competição é patrocinada por empresas e serve como vitrine de talentos internacionais. Muitas empresas assistem com o intuito de ver se tem alguém que seria interessante para empresa deles, então é uma chance de receber uma provável proposta ou pelo menos fazer um networking com empresas globais”, destaca Ana Loise.
>> Saiba como ajudar o grupo com os preparativos para a viagem