O Seminário Internacional México, América Central e Caribe em debate acontece, até o dia 8 de julho, no auditório do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Brasília. O evento nasce de parceria entre o Grupo de Estudos Comparados México, Caribe, América Central e Brasil (MeCACB/CNPq) e o Laboratoire Mixte International – MESO do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), da França.
Com a presença de aproximadamente 15 especialistas de universidades da América Central, México, Caribe, Estados Unidos e França, o encontro pretende discutir as possibilidades e as dificuldades, em torno da realização de pesquisa, a partir de casos específicos e da experiência dos participantes. Simone Rodrigues, diretora do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas (CEPPAC), acredita que o evento é uma oportunidade de ampliar a rede de pesquisa. “É uma proposta diferenciada para estabelecer mais parcerias com pesquisadores de vários países e encontrar soluções e novas propostas para pesquisa”.
Rebecca Lemos, docente do CEPPAC e uma das coordenadoras do Grupo de Estudos MeCACB, entende que a região é mal conhecida e tratada de maneira homogênea, mas na verdade apresenta grande heterogeneidade. Ela sustenta que apesar de existir muito interesse, o trabalho dos pesquisadores é comprometido pela falta de estrutura, de financiamento, entre outros fatores. “Decidimos convidar os representantes de projetos de pesquisa nesses países para juntos pensarmos e discutirmos problemáticas comuns a todos nós”, explica a professora.
Ao longo do evento, pesquisadores e alunos de mestrado e doutorado da UnB também terão oportunidade para expor seus temas de trabalho em painéis e workshops. “Um dos objetivos do seminário é criar um núcleo de referência sobre a região. A partir dessa iniciativa, estabelecemos parceria com pesquisadores, esse trabalho conjunto possibilita o intercâmbio de publicações, de alunos, de professores e, sobretudo, de dados”, acrescenta Rebecca.
O decano de Pesquisa e Pós-Graduação da UnB, Jaime Santana, destaca a importância de congregar especialistas para fazer uma pesquisa científica integrada. “Isso subsidia tanto políticas públicas internas, como de relações bilaterais e multilaterais entre esses países. Também ajuda na construção da integração social”, declara.
Para a pesquisadora franco-mexicana Odille Hoffman, representante do Laboratoire Mixte International, poderão ser debatidas coletivamente questões sobre como fazer a pesquisa, em quais instituições e com quais mecanismos. Hofmann acredita que o seminário marca um ponto de união entre Brasil, França, México e América Central. “Somente pensando com um novo entusiasmo será possível entender essa região que historicamente sofre de um estigma”.
O seminário é aberto a toda comunidade. Clique aqui para conferir a programação e taxas de inscrição.
DIVERSIDADES - No dia 7 de julho, a UnB sedia também o I Simpósio Internacional sobre Sociobiodiversidade e diversidade cultural no Caribe e América Latina, que contará com delegação de professores da Universidade de Suriname e outros convidados, brasileiros e internacionais. O encontro é promovido pelo Mestrado em Sustentabilidade Junto a Povos e Terras Tradicionais do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade. A matéria completa sobre o simpósio pode ser acessada aqui.