Insurgentes, propositivas e atuantes na luta por mudanças sociais. A Universidade de Brasília celebrou o protagonismo feminino durante a abertura da programação institucional do mês da mulher na tarde desta quinta-feira (9), no auditório da Reitoria. Além da reitora Márcia Abrahão, outras autoridades locais estiveram presentes: as reitoras do Instituto Federal de Brasília, Luciana Massukado, e da Universidade do Distrito Federal, Simone Benck; a secretária das Mulheres do DF, Giselle Oliveira; a secretária da Educação, Hélvia Paranaguá, e a presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Mercedes Bustamante.
“Espero que este seja mais um legado que a gente deixa na Universidade. Além dos eventos que marcam as datas, temos buscado promover ações e políticas que fiquem para o futuro”, disse a reitora Márcia Abrahão. A gestora citou a pouca quantidade de mulheres nas chamadas “ciências duras” e lembrou que a Universidade tem sido atuante para alavancar a presença feminina nestas áreas. “Temos menos de 30% de estudantes nos cursos de engenharias e ciências exatas. Isso vai se refletir depois nas empresas e nos cargos de decisão”, destacou.
“As instituições de ensino e pesquisa não estão isentas da violência de gênero. E elas têm que ser o primeiro lugar onde a gente trabalhe essa questão, porque aqui formamos outros profissionais e professores que vão estar na sala de aula modificando esta realidade”, disse a presidente da Capes, Mercedes Bustamante.
Após a abertura, foram discutidas formas de aumentar a participação das mulheres na ciência. Lançado em fevereiro na UnB, o programa Mulheres e meninas na ciência: o futuro é agora disponibilizará bolsas de extensão a iniciativas desenvolvidas em escolas públicas, polos de extensão e Casas Universitárias de Cultura da UnB com o objetivo de reduzir a disparidade de gênero nas áreas de ciência e tecnologia.
A decana de Extensão, Olgamir Amancia, destacou que, apesar da maior quantidade de mulheres na Universidade, elas ainda ocupam espaços limitados. “O espaço que nos cabe nesse latifúndio é o espaço do cuidado, como professoras, nas licenciaturas, sem nenhum demérito”, disse. O edital contempla 20 projetos de extensão que busquem, entre outros objetivos, romper estereótipos de gênero e estimular o interesse de alunas da rede pública de ensino pelas carreiras científicas.
Com inscrições até 2 de maio, o edital é uma realização conjunta do Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI), do Decanato de Extensão (DEX) e da Secretaria de Direitos Humanos (SDH). A ação faz parte da nova campanha institucional Futuro é agora, pela construção de uma universidade mais democrática.
Confira a solenidade de abertura da programação #8M na UnB:
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