GÊNERO

Independente, grupo reúne professoras, técnicas, estudantes e terceirizadas para discussão de pautas comuns, como o enfrentamento ao assédio e a emancipação política

Fórum atuará em seis eixos e pretende responder a demandas de diferentes grupos de mulheres, em articulação entre entidades e coletivos presentes na comunidade universitária. Imagem: Reprodução

 

As mulheres da Universidade de Brasília estão se organizando em um fórum interinstitucional para debate e proposição de ações voltadas ao enfrentamento da violência e da desigualdade de gênero na instituição. Na última quarta-feira (31), o grupo apresentou a iniciativa à reitora Márcia Abrahão e convidou a administração a se integrar ao fórum, para também participar das reflexões sobre a pauta das mulheres.

 

A professora Mônica Nogueira, da Faculdade UnB Planaltina (FUP), apresentou o propósito do grupo. "Queremos estabelecer um lócus de diálogo e coordenação de esforços entre entidades e coletivos de mulheres que constituem a comunidade universitária.”

 

O fórum é independente da administração, mas a proposta é que a gestão também tenha assento e contribua para as discussões. "É um convite à participação da Reitoria. O Fórum nos permite falar para dentro e para fora, sem amarras, respondendo a demandas internas e externas", observou a diretora do Instituto de Ciências Humanas, Neuma Brilhante.

 

A estudante Luísa Valadares apresentou os eixos de atuação do grupo: 1) ações afirmativas e permanência; 2) assédios e vulnerabilidades; 3) saúde; 4) segurança; 5) comunicação, narrativas e visibilidade social; e 6) participação política e emancipação. "Na década de 1980, havia cerca de 30% de mulheres nas universidades. Hoje, somos mais de 50%. Mas onde estamos? Como está a presença em cargos de gestão? Por isso a questão da participação política e emancipação é tão importante", disse.

 

Viviane Resende, diretora do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam/UnB), também destacou a diversidade de mulheres da comunidade universitária. "Temos questões comuns, mas há também especificidades entre nós. Há mulheres indígenas, negras, periféricas, com deficiência. O fórum deve contribuir para ações que atentem para toda essa diversidade”, defendeu.

 

POLÍTICAS – A reitora felicitou a iniciativa, afirmando que a mobilização deve trazer ganhos para as mulheres da Universidade, ao lado de outras ações institucionais, a exemplo das políticas propostas pelo Conselho de Direitos Humanos. "Cada instância tem o seu papel, mas estamos à disposição para colaborar no fórum", comentou. "Neste mandato que iniciamos agora, pretendemos avançar na institucionalização de políticas importantes para a comunidade, como a da assistência estudantil e dos direitos humanos", acrescentou.

 

Participaram da reunião também a decana de Extensão, Olgamir Amancia, e a diretora da Diversidade, Susana Xavier. "É fundamental que possamos discutir a qualidade da presença das mulheres na Universidade, como isso é tratado, ainda mais porque se trata de um ambiente que, em tese, é libertário", pontuou Olgamir.

 

O Fórum de Mulheres da UnB está mobilizando a comunidade nas próximas semanas e deve realizar um ato público no final de abril. Mais informações pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

 

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