Para estimular a interação da Universidade com alunos de ensino médio, o Decanato de Extensão da Universidade de Brasília (DEX/UnB) vai promover, na próxima terça (30), o Mulheres (En)Cena, um cinedebate com a temática feminina. O evento será transmitido a partir das 14h30 no canal da Extensão no YouTube.

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A atividade contará com a participação das cineastas Tânia Fontenele e Maria Maia, além da mediação da professora Rose May, da Faculdade de Comunicação (FAC). A participação dos estudantes e professores de escolas públicas de ensino médio se dará por meio do chat do YouTube.

Diretora do filme Mulheres em movimento, Maria Maia é mestre em Comunicação Social pela UnB e já teve filmes exibidos em mostras e festivais no Brasil, em Londres, Paris, Atenas, Milão e Buenos Aires. A cineasta trabalhou por 20 anos na TV Senado, e dirigiu 63 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens, incluindo Machado de Assis, alma curiosa de perfeição (1999); Chico Mendes vive (2008); Abdias, raça e luta (2012); Darcy, um brasileiro (2013); Prestes, o cavaleiro da esperança (2014) e Diretas já, o grito das ruas (2014).

Coordenadora do Instituto de Pesquisa Aplicada da Mulher, Tânia Fontenele é doutoranda em História Cultural, Memórias e Identidades pela UnB. Ela dirigiu documentários que tratam da invisibilidade feminina, como Mulheres do café (2018) e Poeira e batom no Planalto Central (2010), que mistura imagens de arquivo e entrevistas com 50 mulheres que chegaram a Brasília entre 1956 e 1960 e participaram da construção da capital. Ela também é autora dos livros Mulheres no topo de carreira: flexibilidade e persistência (2006), Poeira e batom no Planalto Central (2010) e Memórias da construção de Brasília (2013) e Trabalho das mulheres: mitos, ritos e transformações (2007), em coautoria com Adrianne Reis.

PARTICIPAÇÃO – Por meio do chat do YouTube, alunos e professores de escolas públicas de ensino médio vão participar do evento e interagir com as cineastas. Moacir Ferreira Junior, doutor em Linguística pela Universidade de Brasília, é professor do Centro Educacional 104 do Recanto das Emas. Durante a semana, ele exibiu os dois documentários para uma média de 50 alunos, além de alguns professores. “Fizemos a exibição e um debate prévio, para levantamento de questões que podem ser colocadas para as autoras. Foi um debate muito proveitoso”, conta.

Como estratégia para aumentar o interesse e participação dos alunos nas aulas remotas, o professor buscou a participação em eventos como a programação oferecida pela Universidade de Brasília em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. “No entanto, é importante destacar que a estratégia de aulas remotas ainda não alcança muitos estudantes por conta das dificuldades de acesso às tecnologias, que ainda é um problema vivenciado por muitas famílias”, alerta o professor.

Com experiência na extensão, Moacir Ferreira participou da primeira edição do Programa UnB+Escola com a realização de oficinas. “A universidade e a escola fazem trabalhos complementares. Trabalhando juntas, o alcance do objetivo de democratização do acesso a um ensino público, gratuito e de qualidade fica muito mais tangível. A extensão permite a realização de projetos para a escola – atuando na formação contínua de professores – e na escola – por meio de projetos que levam estudantes universitários a vivenciarem a realidade do cotidiano escolar. Quando escola e universidade caminham juntas, o estudante é o maior beneficiário.”

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