VIGILÂNCIA

A Coavs trabalha para identificar casos suspeitos de covid-19 na Universidade e orientar infectados nos cuidados para evitar a disseminação do novo coronavírus

Coavs atua para monitorar e reduzir riscos de disseminação da covid-19 entre estudantes, docentes, técnicos e colaboradores da UnB. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

Desde o início da pandemia de covid-19 no Distrito Federal, a Universidade de Brasília vem tomando várias medidas de forma a proteger a integridade e a saúde de todo o corpo acadêmico. Além de suspender as atividades presenciais educativas, de pesquisa e de extensão nos quatro campi e adotar o ensino remoto emergencial, diversos estudos em vários campos do conhecimento estão em andamento para identificar o comportamento do novo coronavírus e favorecer o enfrentamento à crise sanitária. 

 

Outra ação resultou na criação da Coordenação de Assistência e Vigilância em Saúde da UnB (Coavs), ligada à Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária do Decanato de Assuntos Comunitários (Dasu/DAC). O setor vem realizando juntamente à Sala de Situação da Universidade e a outras unidades, o monitoramento das condições de saúde da comunidade acadêmica em relação à covid-19. "A Coavs tem o objetivo de apoiar a Universidade a desenvolver esse tema que muito inovador: como a Universidade pode ter mais inteligência epidemiológica sobre o que está acontecendo na sua população", explica o coordenador do setor e professor da Faculdade de Ciências da Saúde (FS), Jonas Brant.

 

O docente detalha que a coordenação foi criada atendendo às diretrizes do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 da UnB. "Como uma das primeiras universidades a construir o seu plano de contingência, isso permitiu que a UnB pudesse, de certa forma, sair na frente, no sentido de se preparar para esse novo futuro que nós constatamos a partir da covid-19", informa.

 

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VIGILÂNCIA – Uma das ferramentas adotadas pela unidade é o Formulário de Vigilância Ativa, pelo qual a comunidade acadêmica reporta seu quadro de saúde caso haja suspeita de contágio pelo novo coronavírus. Além disso, há o trabalho de acompanhamento da saúde de pessoas que estão em atividade presencial na Universidade. 

 

"Nesse momento, temos trabalhado com essa estratégia, que consiste no monitoramento das pessoas que estão ativas nos campi, para poder saber se alguma delas está com suspeita de covid-19 ou teve contato com alguém com a doença e garantir que, dentro dos ambientes da Universidade, isso não ocorra", complementa Jonas Brant.

 

Uma vez que um caso suspeito de covid-19 é detectado, a equipe de enfermagem da Coavs entra em contato com a pessoa infectada e repassa orientações, como a adoção do isolamento social, para evitar a transmissão da doença, e de medidas para superar o contágio. Também é realizada uma espécie de rastreamento para tentar identificar possíveis contatos deste indivíduo dentro da Universidade, com o objetivo de evitar que os campi sejam espaços que contribuam para a propagação do Sars-Cov-2.

Coordenador da Coavs, Jonas Brant destaca que dados coletados sobre casos de covid-19 podem auxiliar em decisões institucionais e também no monitoramento da pandemia pelo SUS. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Todos os dados coletados estão sendo trabalhados e estruturados para serem divulgados à comunidade acadêmica em breve. "Essas informações podem servir tanto do ponto de vista interno, para tomada de decisão, quanto para contribuir com o sistema de saúde, ajudando a entender onde há uma maior circulação do vírus", avalia o coordenador da Coavs.

 

Além do Formulário de Vigilância Ativa, atual mecanismo para formalização do adoecimento por covid-19 pela comunidade universitária, a Coavs pretende lançar, nas próximas semanas, uma funcionalidade no aplicativo Guardiões da Saúde para ampliar o monitoramento de infecções pelo novo coronavírus na UnB.  

 

ENFRENTAMENTO COLETIVO – Jonas Brant destaca que as iniciativas da Coavs visam contribuir com os esforços do Sistema Único de Saúde (SUS) no combate à pandemia. "A importância desse trabalho está relacionada a tentar mostrar o papel da Universidade em promover saúde, em cuidar bem da sua comunidade, mas também contribuir com o sistema de saúde. A Universidade criou uma estrutura institucional que a ajuda a ter inteligência [epidemiológica] e nessa relação com o sistema público de saúde, para que ele possa funcionar cada vez melhor e garantir mais saúde a toda a população. O SUS é universal e todas as pessoas têm direito à saúde. O que nós precisamos é, juntos, lutar para efetivar esse direito na prática", afirma.

 

O professor reforça ainda que a Coavs foi criada para que haja na Universidade uma equipe que possa pensar em cenários de risco e em como desenvolver respostas a eles. "A coordenação vem também ajudar a Universidade a construir planos de contingência para outros cenários, a monitorar possíveis eventos em outras regiões do mundo que possam chegar aqui ou que representem risco para a instituição, para que ela consiga manter operações em momentos críticos como este", aponta.

 

Segundo Jonas, a tendência é que surtos e epidemias como a do novo coronavírus sejam mais frequentes em razão da globalização, e por isso, a sociedade e a Universidade deverão lidar com essas questões. "A UnB tem o papel de pesquisar, mas também de estar em alerta para garantir a realização do trabalho de ensino, pesquisa e extensão em um cenário crítico como este que estamos vivendo ou no futuro", conclui.

 

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