A Universidade de Brasília, por meio do Decanato de Pós-Graduação (DPG), promoveu o seminário de Pós-Graduação UnB (Quadriênio 2021 -2024): Planejamento, Estratégias e Desafios, na quarta-feira (02). O evento foi realizado no Instituto de Química e debateu sobre o planejamento estratégico e a autoavaliação no âmbito dos PPGs da instituição.
Estiveram presentes na mesa de abertura a reitora Márcia Abrahão; a secretária de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Denise Carvalho; a reitora da UFMG de 2002 a 2006 e ex-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ana Lúcia Gazzola; a coordenadora-geral de Atividades de Apoio à Pós-Graduação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Talita Moreira; e o decano de Pós-Graduação, Lucio Rennó.
O debate sobre políticas de planejamento no contexto vigente busca fomentar a pesquisa e aferir seus impactos sociais, além de fortalecer a formação de pesquisadores e ampliar a internacionalização. “Nós saltamos de uma universidade média 4 para uma universidade média 5. Apesar dos ataques que tivemos de todos os tipos nos últimos anos, a UnB conseguiu ampliar seus programas de pós-graduação com muito trabalho e competência dos nossos docentes e alunos. Sabemos que não temos como avançar na pós sem medir o que estamos fazendo, então a avaliação é o que nos diz em que podemos melhorar”, disse Márcia Abrahão. A reitora lembrou, também, os momentos mais graves de cortes das bolsas e destacou o tamanho do impacto para as universidades.
Denise Carvalho ressaltou a importância da UnB para o avanço social e econômico da região Centro-Oeste e do Brasil. A secretária de Educação Superior defendeu que a única forma de o país se tornar desenvolvido é por meio do ensino, da pesquisa e da ciência. “O Brasil tem universidade há muito pouco tempo. Ano passado celebramos o bicentenário da Independência, mas o Brasil só se torna independente com a criação das universidades, que foi no início do século 20”, argumentou.
“A ideia é dar continuidade a um processo de diálogo com os programas de pós-graduação pensando nos apoios que a administração [superior] pode dar para o planejamento estratégico e estruturação da autoavaliação”, explicou o decano Lucio Rennó.
No evento, a reitora da UFMG de 2002 a 2006, Ana Lúcia Gazzola, realizou uma palestra sobre como a autoavaliação e o planejamento estratégico são fundamentais para o aperfeiçoamento dos programas de pós-graduação.
AVALIAÇÃO – Talita Moreira, coordenadora-geral de Atividades de Apoio à Pós-Graduação da Capes, apresentou os objetivos da avaliação quadrienal: aferição da qualidade dos programas a partir da atribuição de notas; identificação das necessidades, orientação e promoção do desenvolvimento da pós-graduação; fornecimento de subsídios para a definição de políticas públicas; e conhecimento da situação da pós-graduação.
Na Capes, há 4.602 programas que compõem a pós-graduação. Eles ofertam 7.017 cursos, sendo 856 de mestrados profissionais, 58 de doutorados profissionais, 3.666 de mestrados acadêmicos e 2.437 de doutorados acadêmicos. Dados de 2021 somam mais de 325 mil discentes matriculados nos PPGs e cerca de 79 mil titulados.
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