A reitora Márcia Abrahão recebeu a secretária nacional do Projeto Brasil Popular, Teresa Maia, para tratar da realização do Curso Realidade Brasileira (CRB) na UnB. A ideia é ofertar o curso nos cinco polos de extensão na Universidade de Brasília, a partir do segundo semestre deste ano. A reunião ocorreu na quinta-feira (7), no Gabinete da Reitoria.
O CRB reúne diversos movimentos populares, incluindo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento Brasil Popular (MBP), comitês populares, Levante Popular da Juventude, Escola Nacional Florestan Fernandes e o Projeto Brasil Popular. O curso busca estimular a reflexão e o diálogo sobre os desafios que impactam a vida e o dia a dia do povo brasileiro. Por meio do compartilhamento de experiências e da construção de redes de solidariedade, o curso contribui para que os participantes desempenhem um papel ativo na construção de um Brasil mais justo, inclusivo e democrático.
A reitora Márcia Abrahão lembrou que a UnB e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), entidade presidida por ela, têm projetos similares e que se alinham com a proposta apresentada.
“Temos o projeto estratégico de 2024 da Andifes, de combate à fome, com sustentabilidade ambiental, iniciativa inédita que está avançando. Na Universidade, temos a disciplina Darcy Ribeiro: pensamentos e fazimentos, que é um curso também sobre o Brasil. Com essas experiências, temos como pensar a melhor forma de implementar o CRB aqui, adaptado para a nossa comunidade”, disse, destacando o compromisso da UnB com o desenvolvimento social.
A secretária Teresa Maia perguntou sobre a possibilidade de levar ações semelhantes ao CRB para os polos de extensão da UnB – Recanto das Emas, Paranoá, Cidade Estrutural, território Kalunga e Chapada dos Veadeiros, em Goiás. “Seria um curso desenvolvido para perfis diferentes, com formatos diferentes. Trouxemos um documento com uma sugestão em oito módulos, que é flexível”, apresentou.
A decana de Extensão, Olgamir Amancia, explicou que as ações de extensão realizadas nos polos se dão por meio de projetos. “Todos (os polos) são de caráter muito popular, são comunidades vulneráveis socioeconomicamente, do Distrito Federal e de Goiás. A gente trabalha com estudantes de escola pública, mas envolvendo as pessoas da comunidade, como grupo de hip-hop, entidades culturais e outros”, detalhou.
CONHEÇA – O Projeto Brasil Popular é uma iniciativa que visa refletir sobre temas estratégicos para a melhoria de vida da população. As ações são desenvolvidas por meio de grupos de trabalho constituídos por trabalhadores, membros de movimentos populares, intelectuais e acadêmicos com experiência em gestão de políticas públicas e conhecimento em diversas áreas.