A reitora Márcia Abrahão anunciou, nesta segunda-feira (23), o aumento no valor das bolsas de assistência estudantil para R$ 700. Com a alimentação gratuita oferecida no Restaurante Universitário para os estudantes cotistas, o total de beneficiados pela assistência estudantil da UnB ultrapassa 11 mil estudantes. A decisão foi tomada após o anúncio do governo federal sobre o descongelamento de R$ 1,7 bilhão para gastos ainda neste ano, além de resultar do monitoramento orçamentário feito pela Universidade ao longo do ano.
Agora, os benefícios da assistência estudantil têm o mesmo valor das bolsas de extensão, iniciação científica e monitoria. O auxílio-transporte passa para R$ 400, o que representa 100% de aumento no auxílio-transporte para os estudantes da Licenciatura em Educação do Campo (Ledoc) e 33% para os demais. De acordo com a Política de Assistência Estudantil aprovada pelo Conselho de Administração (CAD), os estudantes podem acumular benefícios com bolsas acadêmicas.
“Ao longo da nossa gestão, mesmo com inúmeros cortes orçamentários nos governos anteriores e pandemia, conseguimos melhorar as condições acadêmicas e administrativas da Universidade e da nossa comunidade. Muito nos orgulha ter criado vários auxílios e ter promovido aumento no valor e na quantidade de todos os auxílios e bolsas, em um grande esforço institucional. Parabenizo o Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO) e o Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) pelo excelente trabalho realizado, com responsabilidade, planejamento e olhar cuidadoso para quem mais precisa. O atual governo federal tem permitido a redução das desigualdades, com a melhoria gradativa do orçamento das universidades”, afirmou a reitora.
Em reunião com os decanatos de Assuntos Comunitários e de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, a reitora ressaltou que, em maio, a UnB já havia ampliado o número de auxílios, com 1.223 novos benefícios.
>> Relembre: UnB amplia assistência estudantil e acessibilidade com 1.223 novos auxílios
“Agora, são 3.865 estudantes com melhores condições de enfrentar as dificuldades diárias de sobrevivência no Distrito Federal, dentro de uma das maiores e mais importantes universidades do país. Eu, como ex-beneficiário da assistência estudantil, sei bem o impacto desse aumento. O que fizemos foi resistir aos cortes e contingenciamentos anteriores, racionalizar o uso dos recursos, para poder aumentar vagas, e agora poder, de fato, aumentar os valores”, comentou o decano de Assuntos Comunitários, Ileno Izídio.
A decana do DPO, Denise Imbroisi, destacou que, após seis anos resistindo à precarização das universidades, a assistência estudantil da UnB não sofreu reduções no número de auxílios ou nos valores oferecidos. “Estamos felizes em poder, com segurança e responsabilidade, dar um salto de qualidade no apoio aos nossos estudantes socioeconomicamente vulneráveis.”
EMENDAS – Os pagamentos de bolsas via editais provenientes de recursos de emendas parlamentares, entretanto, dependem de liberação específica do governo federal. No momento, estão em atraso devido ao não repasse de recursos financeiros pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI). Devido à decisão cautelar do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 7.697 (Processo SEI 23106.083771/2024-27), a emissão de empenhos de emendas de 2024 para auxílios também está suspensa.
“Nos últimos quatro anos, com a credibilidade que conseguimos com a bancada de parlamentares do DF, a UnB obteve mais de R$ 27 milhões em emendas de bancada, que, apesar das oscilações nos pagamentos, permitiram a criação de novos auxílios, mesmo que temporários, como o de saúde mental, transporte para a Ledoc, apoio a indígenas e quilombolas, além de um aumento de 500% no auxílio-creche e na oferta de vagas para atividades de esporte, cultura e lazer”, lembrou Ileno Izídio.