GESTÃO

Em reunião nesta segunda-feira (9), Márcia Abrahão informou a diretores de unidades acadêmicas e centros que Universidade enviou ofícios ao governo federal e solicitou audiência com interventor

Reitora relatou aos diretores de unidades esforços da gestão para reforçar a segurança nos campi e incluir instituição no monitoramento especial de órgãos federais de segurança. Foto: Beto Monteiro/Ascom UnB

 

Após atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes e decisão de manter aulas na segunda-feira (9), a reitora da Universidade de Brasília, Márcia Abrahão, e membros da Administração Superior se reuniram, no Auditório da Reitoria, com diretores de unidades acadêmicas e centros para avaliar o momento por que passa o país.

A reitora informou que enviou ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, à Polícia Federal e ao Ministério da Educação ofícios com solicitação para que a UnB seja incluída no rol de instituições públicas com monitoramento especial pela PF e pela área de inteligência federal, a fim de garantir a segurança da comunidade universitária. A reitora também pediu audiência com o interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli.

Márcia Abrahão repudiou os atos terroristas e explicou as ações da Universidade. “Ontem, imediatamente pedimos reforço na segurança de todos os campi da Universidade, principalmente para o campus Darcy Ribeiro, por se tratar de um espaço aberto”, explicou a reitora. Caso servidores e estudantes observem qualquer possibilidade de risco à segurança da comunidade acadêmica, a Prefeitura (PRC) e o Gabinete da Reitora (GRE) podem ser acionados.

“A UnB tem um histórico de resistência. Não podemos nos recolher com esse tipo de ameaça. Todos nós, infelizmente, estamos em risco, hoje, e temos que ficar muito atentos. Nós precisamos, como uma universidade, dar o exemplo de que as instituições têm de funcionar. Nossas unidades estão funcionando plenamente”, ressaltou Márcia Abrahão.

MOBILIZAÇÃO – Pesquisadores da UnB colaboram com outros órgãos do governo para avaliar o prejuízo no patrimônio histórico e artístico causado pelos vândalos que invadiram o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto. A diretora do Instituto de Artes (IdA), Fátima dos Santos, repudiou a destruição de obras de artistas brasileiros e internacionais. Em nota, o IdA afirmou: "Obras de artes não pertencem a A ou B, são expressões sensíveis que contam a nossa história enquanto povo e os desafios que vivemos, devem ser protegidas por quem as guarda e a destruição das mesmas representa um retrocesso civilizatório".

A diretora do Instituto de Letras (IL), Sandra Rocha, lamentou a cultura do ódio e da intolerância. "Nós, como docentes e pesquisadores, precisamos resgatar nosso papel de educadores para enfrentar de modo racional e constante os fundamentos dessa cultura de autoritarismo. A única arma que temos para enfrentá-la é nossa racionalidade, nossa persuasão e convencimento, com clareza e consciência, sem silêncio ou conivência. Cada colegiado e cada sala de aula é um laboratório da democracia", frisou.

A reitora Márcia Abrahão ressaltou a importância de “ficarmos atentos para que nossa instituição continue cumprindo sua missão de ensino, pesquisa e extensão. Em um momento como este, nós, gestores e gestoras, temos de manter o máximo possível a serenidade”, disse. Na segunda-feira (9), a comunidade reforçou a defesa da democracia em ato na Faculdade de Direito: veja como foi.

>> Confira a nota de repúdio da Universidade aos atos terroristas

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