ATIVIDADES AO LONGO DE MARÇO

Durante o evento, foi lançado o curso Maria da Penha vai à Universidade. Março terá agenda de programações a respeito da luta pelos direitos das mulheres

“Quando a UnB decide, por meio da Secretaria de Direitos Humanos [SDH/DAC], dos decanatos de Gestão de Pessoas [DGP], de Pesquisa e Inovação [DPI], e de Extensão [DEX], sob a orientação da reitora Márcia Abrahão, desenvolver atividades que permitam à Universidade refletir cada vez mais, diria que essa é a melhor forma de comemorar o dia 8 de março”, disse a decana de Extensão, Olgamir Amancia. Foto: Julio Minasi/Secom UnB

 

A UnB esteve mobilizada em 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, com a programação #8M UnB 2024 – Promoção da Igualdade de Gênero nas Universidades – ODS5. A agenda de atividades foi construída em conjunto pelos decanatos de Gestão de Pessoas (DGP), de Pesquisa e Inovação (DPI), de Extensão (DEX), pela Secretaria de Direitos Humanos da UnB (SDH/DAC) e pela comunidade. Unidos com objetivo de juntar esforços institucionais no combate à discriminação contra mulheres.

 

A mesa de abertura contou com a presença da reitora Márcia Abrahão; da decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi; da decana de Extensão, Olgamir Amancia; da diretora do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT), Marileusa Chiarello; e de Emelle Cruz, à frente da Diretoria de Capacitação, Desenvolvimento e Educação (DCADE/DGP). O evento ocorreu no anfiteatro 9 do Instituto Central de Ciências (ICC Sul), campus Darcy Ribeiro, Asa Norte. 

 

Segundo Olgamir Amancia, a data marca a luta das mulheres pelo reconhecimento do direito de viver com dignidade, em um mundo que as respeite e as trate como sujeito, o que, inclusive, contribui para a riqueza e desenvolvimento do país. “A programação deste 8 de março é para chamar atenção, e não apenas neste dia, mas para chamar atenção e colocar em movimento um conjunto de ações que possibilitem à UnB superar as marcas da lógica da cultura patriarcal”, ressaltou.

 

A diretora da DCADE apresentou dados da presença de mulheres em cargos na Universidade. Nas funções gratificadas, elas representam 46,6%, e, entre servidores técnicos e docentes, ocupam 49% das vagas.

 

“Temos ainda muitos desafios na instituição, por isso foi criada a Política de Direitos Humanos, a Câmara de Direitos Humanos [CDH], e aprovamos a Política Contra o Assédio. Mas, se não mudarmos nossa atitude diariamente, nada disso sairá do papel”, destacou a reitora. Márcia Abrahão também enfatizou a responsabilidade de ser a primeira mulher reitora da Universidade de Brasília.

 

>> Para celebrar e refletir – Leia a carta da Reitoria pelo 8 de março

Juíza do TJDFT, Fabriziane Zapata ressaltou que a erradicação das violências contra mulheres é tarefa que exige ações constantes e permanentes. Foto: Julio Minasi/Secom UnB

 

IGUALDADE DE GÊNERO – Durante o evento, a reitora anunciou o lançamento do curso Maria da Penha vai à Universidade, marcando o pioneirismo da UnB, ao ser a primeira instituição de ensino superior a implantar a formação. O intuito é falar sobre a desigualdade, diversidade, e combate à violência e à discriminação de gênero.

 

Para a apresentação do curso à comunidade, foram convidadas a secretária de Direitos Humanos da UnB, Deborah Santos; a juíza do Núcleo Judiciário da Mulher do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Fabriziane Zapata; e a promotora do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Adalgiza Aguiar. O evento contou ainda com fala da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

 

Baseado no projeto Maria da Penha vai às Escolas, o novo formato terá 50 horas de duração e 35 vagas direcionadas a servidores da Universidade. As aulas serão on-line, com o apoio do Centro de Educação a Distância (Cead). “O principal objetivo na Universidade é sensibilizar a comunidade sobre as dificuldades sociais, construir um ambiente universitário mais comprometido com os direitos humanos, e ser uma ação de prevenção e enfrentamento de violências contra as mulheres”, explicou Deborah Santos.

 

De acordo com a juíza do TJDFT, violências contra mulheres atingem todas as classes sociais, sendo necessário conscientizar as pessoas, e discutir a respeito do problema. "Pensamos que a Universidade é um local para tratar esses temas, que precisam de muitas ações. E o tema das violências contra mulheres não se resolve em uma palestra, evento no dia das mulheres ou atividades pontuais, são necessárias ações constantes e permanentes”, apontou.

 

Confira a transmissão da abertura da programação #8M UnB 2024, feita pela UnBTV:

 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

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