
O evento cultural Músicas por elas, cantadas por elas: Sofia de Brot e Mihh Black reuniu calouros e veteranos na última terça-feira (25) no Anfiteatro 9, no Instituto Central de Ciências (ICC), campus Darcy Ribeiro, após as aulas matutinas. Protagonizado pelas alunas da UnB Sofia de Brot (História) e Mihn Black (Medicina), a iniciativa faz parte da campanha do #8M2025 – programação para o mês de março, no qual se comemora o Dia Internacional da Mulher – e da Semana de Boas-Vindas 1º/2025.
>> Acesse a programação de Boas-Vindas
Feito em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos (SDH/UnB), a Coordenação de Arte e Cultura (Coac/Deac/DAC) e o Comitê de Boas-Vindas, o objetivo do evento foi homenagear a força feminina durante a recepção aos estudantes no início do semestre letivo.
“Começar o semestre com apresentações artísticas é lembrar da leveza que o ambiente acadêmico pode ter”, afirmou o estudante do quinto semestre de Jornalismo na UnB, João Pedro Alves.
Os calouros de Administração, Victória Vieira, e de Engenharia Ambiental, Nicolas Moraes, ficaram sabendo sobre a atividade cultural por meio do Instagram da Universidade (@unb_oficial). Para Vieira, a experiência permitiu “descobrir coisas novas, entrar em novos ambientes, coisas que não teríamos ido procurar por conta própria”.
Para além da importância cultural, Moraes destacou que as músicas performadas apresentavam relevância histórica. Além disso, afirmou que este tipo de programação possibilita aos calouros “expandir o mundo universitário".
MIHH BLACK – A estudante de Medicina foi a primeira a se apresentar e destacou a importância do momento: “É muito massa ver uma universidade pública com esse espaço para arte, cultura, debate e espaço para ver essa beleza. É um prazer estar aqui enquanto artista, mulher, preta, com deficiência, compartilhando um pouco da minha arte com vocês”.
Em sua apresentação, cantou músicas como Sonho meu, de Maria Bethânia, e a composição autoral Todo choro que chorei – também apresentada na Mostra Finca 2024, evento da Coac que incentiva a produção e apresentação de músicas autorais, realizada entre novembro e dezembro. A canção reflete acerca do sonho de ingressar em uma universidade, dos momentos de tensão deste período e das situações complexas experienciadas, como o racismo.
SOFIA DE BROT – Ao cantar Dindi, de Tom Jobim, na versão de Gal Costa, a estudante de História frisou a relevância de manter vivo o histórico de luta da Universidade de Brasília: “É importante lembrarmos sempre da memória da UnB na ditadura e tudo o que ela representa. A UnB tem que ser uma Universidade de vida, então, é responsabilidade nossa fazer com que essa luta permaneça aqui”.
Sofia apresentou, junto a Vítor Oliveira, a música Enquanto a chuva estiar, performada na Mostra Finca 2024, que retrata as queimadas no Cerrado em 2024.
CONTATO – Para mais informações siga @mihhblack e @sdebrot no Instagram.
*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB