A Secretaria de Direitos Humanos (SDH/DAC) da UnB lançou, no dia 29 de setembro, os editais do Prêmio Anual de Direitos Humanos Anísio Teixeira e do Prêmio Anual de Educação em Direitos Humanos Mireya Suárez. Essa é a segunda edição da condecoração e os interessados podem inscrever-se por meio do preenchimento dos formulários eletrônicos. O prazo para inscrição foi prorrogado até 29 de outubro*.
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“Seguimos com o mesmo modelo de 2022. O Anísio Teixeira vai premiar três iniciativas, com candidaturas apresentadas de forma coletiva, por professores, servidores técnicos e por discentes”, explica a secretária de Direitos Humanos, Deborah Santos. “Já o Mireya Suárez vai reconhecer quatro iniciativas, que podem ser propostas individuais ou coletivas”, pontua.
Dentro do Prêmio Anísio Teixeira, criado para destacar projetos de excelência desenvolvidos no âmbito do ensino, pesquisa e extensão universitária, estão as categorias: Igualdade, Diversidade e Não Discriminação; Saúde, Meio Ambiente e Bem-estar; e Democracia e Engajamento.
Com o propósito de reconhecer iniciativas pedagógicas emancipatórias, que se traduzem em ações educacionais, o Prêmio Mireya Suárez divide-se nas categorias: Educação Básica; Ensino Superior; Educação Fora do Contexto Escolar e Educação Destinada a Profissionais dos Sistemas de Justiça e Segurança.
"Eu destaco a importância dessa premiação, pois ela valoriza as iniciativas aqui da Universidade e pretende reconhecer, identificar e valorizar essas ações. No ano passado foi um grande sucesso", realça a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania (PPGDH/CEAM/UnB) e integrante da Câmara de Direitos Humanos (CDHUnB), Elen Geraldes.
VENCEDORES – O podcast Se o Grileiro Vem, Pedra Vai foi o vencedor de 2022 na categoria Democracia e Participação, do Prêmio Anísio Teixeira. O projeto foi realizado por quatro discentes de graduação do Departamento de Antropologia (DAN/ICS), com objetivo de dar maior visibilidade para os conflitos por terras no Território Kalunga, maior quilombo do Brasil.
“Para nós foi muito importante esse reconhecimento. Esse é um espaço de valorização de projetos que tratam dos direitos humanos nas diversas áreas e dimensões”, afirma Irene do Planalto, estudante de Antropologia e Ciências Sociais. Ela explica que o podcast originou-se da monografia de um dos integrantes do grupo e transformou-se para tornar o conteúdo mais acessível.
Dentro da categoria Educação e Direitos Humanos em Contexto Não-Escolar, um dos quatro agraciados com o Prêmio Mireya Suárez foram as Oficinas de Direitos Indígenas e Audiovisual no Acampamento Terra Livre (ATL) 2022, que evidenciaram o debate sobre a política indigenista, com a participação de dois egressos do Mestrado em Sustentabilidade Juntos a Povos e Territórios Tradicionais (MESPT/CDS).
“A gente não tinha expectativa de ganhar nenhum prêmio com esse projeto, era simplesmente uma iniciativa que a gente já tentava fazer há muito tempo. Ganhar a premiação nos deu muita visibilidade e abriu muitas portas”, compartilha a egressa Carolina Rodrigues.
“Eu indico muito para as novas gerações, que estejam atentos ao edital e fomentem esse tipo de iniciativa. Precisamos levar a academia para além dos espaços acadêmicos e usar nosso conhecimento a serviço da sociedade”, reitera Carolina.
Em 2022, os demais projetos vencedores em cada área foram: Negras Antropologias: promovendo epistemologias antirracistas e o protagonismo negro na produção do conhecimento antropológico e o projeto Cravinas – prática em direitos humanos e direitos sexuais e reprodutivos durante a pandemia de covid-19; dentro do Prêmio Anísio Teixeira.
Já o Prêmio Mireya Suárez também foi entregue ao projeto Estudar em Paz, na categoria Educação Básica; à disciplina Raça, diáspora africana e relações internacionais, na área de Educação Superior, e por último contemplou o Laboratório de Garantia de Direitos Políticos (LabGDP), em Educação para Profissionais do Sistema de Justiça e/ou de Segurança.
*informação atualizada em 20/10.