INFORME

Detalhamento da difícil situação que vive a UnB e apelos da administração, entretanto, não surtiram efeito

 

A administração da Universidade de Brasília busca alternativas para contornar a crise orçamentária na instituição. Além de atuar internamente, com medidas para aumento de receita e redução de despesas e por meio diálogo com a comunidade, a gestão tem pleiteado soluções junto ao Ministério da Educação (MEC).

 

Esta semana, a reitora Márcia Abrahão e as decanas de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi, e de Administração, Maria Lucilia dos Santos, estiveram no ministério duas vezes. Nas visitas, foram apresentadas demandas quanto à suplementação orçamentária e à possibilidade de aumento do teto para utilização de recursos próprios. Embora o MEC esteja sensível às dificuldades, os apelos não têm surtido efeito prático.

 

A primeira reunião foi na terça-feira (27), quando foi entregue ofício à subsecretária de Planejamento e Orçamento da pasta, Iara Ferreira, apontando a difícil situação da Universidade. O documento detalha que, este ano, a UnB praticamente não conta com restos a pagar e “nem possui, previstos em seu orçamento, recursos que possam ser ofertados para a solicitação de alterações orçamentárias, quer de investimento, quer de custeio.”

 

Por meio do ofício, a UnB solicita a suplementação orçamentária ao MEC e sinaliza para a necessidade de liberação de recursos para investimentos. Esta demanda foi reforçada em outro ofício direcionado ao ministro da Educação, Mendonça filho, entregue na quarta-feira (28), em reunião na Secretaria de Educação Superior (Sesu). No encontro esteve presente o diretor de Desenvolvimento da Rede de Federais do MEC, Mauro Rabelo.

 

O documento entregue à Mendonça Filho detalha obras que estão em andamento na Universidade e que precisam de investimento para serem concluídas. Entre elas, estão os novos prédios do curso de Engenharia Ambiental e da UnB Gama, além de projetos considerados prioritários no plano de obras aprovado pelo Conselho de Administração (CAD).

 

MÃOS ABANANDO – “O MEC tem nos recebido e se mostrado sensível, mas, infelizmente, mesmo com nossas explicações e apelos, não obtivemos nenhuma resposta positiva”, resume Márcia Abrahão, em relação aos dois encontros.

 

Além de não haver retorno prático quanto aos pedidos da UnB, o MEC sinalizou para um cenário ainda mais duro, com a possibilidade de publicação de um novo decreto de contingenciamento, nos próximos dias, pontuou a reitora.

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