A Faculdade de Tecnologia (FT) recebeu, na última sexta-feira (5), a visita de membros da administração superior da Universidade de Brasília. No encontro, professores e técnicos falaram sobre principais demandas da unidade e dificuldades que encontram nos processos internos da instituição.
“A FT tem o mesmo tamanho de muitas instituições de ensino espalhadas pelo país, então, acumulamos muitos problemas”, afirmou o diretor da faculdade, Antônio César Pinho Brasil Júnior. Entre os pontos levantados por Brasil, estão a necessidade de mais professores – em especial para os cursos de Engenharia Ambiental e Engenharia de Produção – e a contratação de técnicos de laboratório.
“Temos um bom dimensionamento de técnicos administrativos, mas, quando se trata dos técnicos de laboratório, há muita dificuldade; não por conta da quantidade, mas sim por causa do perfil, que precisa ser muito específico”, explicou. A FT atende, atualmente, 4.322 estudantes de graduação e 1.123 de pós.
A professora Cristina Célia Brandão, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, lembrou que a necessidade de mais docentes reverbera em várias áreas da unidade. “Naturalmente, o que ocorre é uma sobrecarga de trabalho, e isso já trouxe impactos significativos para a pós-graduação”, disse.
A reitora Márcia Abrahão esclareceu que, embora novas vagas de docentes tenham sido solicitadas, o Ministério da Educação (MEC) respondeu negativamente. “A demanda da Universidade é muito grande. Com a recomposição do BPEq (Banco de Professor Equivalente), esperamos ter mais informações que nos permitam fazer uma melhor gestão das vagas existentes”, acrescentou o decano de Gestão de Pessoas, Carlos Mota.
Outra demanda trazida pela FT diz respeito à manutenção das salas e dos laboratórios. “Estou com muitas ordens de serviço abertas junto à Prefeitura do Campus, uma delas referente a um vazamento de água”, contou a servidora técnica Vera Lúcia. Ficou acertado que funcionários da Prefeitura farão reunião com gestores e técnicos da FT para dar encaminhamento às principais necessidades.
PROJETOS – Os professores levantaram, ainda, a urgência de diminuir a burocracia para realização de projetos. “A FT é uma unidade extremamente empreendedora, mas tem sido cada vez mais difícil captar recursos”, disse o professor José Alexander Araújo, do Departamento de Engenharia Mecânica. “Temos marcos legais que nos permitem desburocratizar essa área, precisamos avançar nisso”, defendeu.
A decana de Pesquisa e Inovação (DPI), Maria Emília Walter, explicou que o decanato está trabalhando para treinar funcionários em relação à legislação vigente para inovação e transferência tecnológica. Ela lembrou que a Diretoria de Apoio a Projetos Acadêmicos (DPA) foi incorporada à área justamente para melhorar o suporte que a UnB dá a seus pesquisadores.
Outro esforço é o de melhorar o relacionamento com a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). “Uma comissão já está trabalhando nisso para reforçar o papel da Finatec como fundação de apoio da UnB, de modo institucional”, detalhou Maria Emília. No estatuto da entidade, por exemplo, não está discriminado que ela existe para dar apoio a projetos da Universidade, ao contrário do que ocorre em todas as outras fundações semelhantes no Brasil.
A visita à FT foi a quarta realizada pela administração de Márcia Abrahão nas unidades acadêmicas. A iniciativa visa aproximar os gestores do dia a dia e dos desafios enfrentados pela comunidade universitária. “As visitas são uma oportunidade de sairmos da rotina, de ouvirmos as unidades, pois estamos na administração para servir”, disse a reitora.
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