GESTÃO

Professores e servidores técnicos falaram sobre principais demandas e discutiram os limites impostos pela situação orçamentária

 

Representantes da administração superior reuniram-se com comunidade da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Foto: Heloíse Corrêa/Secom UnB

 

Debates sobre a situação orçamentária, políticas de pós-graduação e a necessidade de dar mais visibilidade à produção artística e intelectual da Universidade de Brasília deram a tônica da visita da administração superior à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Os gestores estiveram na unidade na última sexta-feira (26), quando também ouviram as principais demandas de professores e servidores técnicos do local.

“Começamos o ano com uma série de anúncios preocupantes por parte do Ministério da Educação. Fazemos parte da grande área Ciências Sociais, que vem sofrendo perdas e ataques sucessivos”, lembrou o professor Benny Schvarsberg. “O que vem sendo colocado é a queda do investimento, ainda que praticamente toda a pesquisa brasileira seja feita em universidades federais”, acrescentou.

A decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Walter, lembrou que o Fundo Nacional de Ciência e Tecnologia está operando com 20% do orçamento inicialmente previsto. “Nosso sistema nacional de pesquisa está profundamente abalado. Neste momento, precisamos que todos disponham um pouco de seu tempo para divulgar a qualidade das nossas pesquisas e fazer outros movimentos que contribuam para revertermos esse cenário”, pediu.

Decana do DPI, Maria Emília Walter recomendou empenho na divulgação do que a Universidade faz de melhor. Foto: Heloíse Corrêa/Secom UnB

 

A reitora Márcia Abrahão destacou os esforços feitos para que a UnB alcançasse o equilíbrio orçamentário, com ajustes em contratos de prestação de serviços e priorização das atividades-fim. “Embora tenhamos tido uma redução orçamentária grande de 2016 para 2017, aumentamos o percentual repassado às unidades acadêmicas. Se nós, lá fora, defendemos mais investimento em educação, ciência e tecnologia, fazemos isso internamente também, aumentando o repasse para as áreas-fim da Universidade”, explicou.

PESSOAL Algumas das principais demandas da FAU foram o aumento do quadro de servidores técnicos e a melhoria na infraestrutura física da unidade. “Temos alguns problemas já intrínsecos, como é o caso da subestação de energia do subsolo. Além disso, contamos apenas com 15 técnicos administrativos, há 20 anos. Nem o Reuni [programa de reestruturação das universidades federais] mudou isso”, reclamou o diretor da faculdade, José Manoel Sánchez. “Tínhamos, antes, salas com 17 alunos. Agora, são 38”, reforçou o técnico Josué Capuchinho, secretário de graduação.

O técnico Danilo dos Santos elogiou equipes da Prefeitura da UnB, do Decanato de Administração e do Decanato de Gestão de Pessoas. “Fizemos mudanças no espaço físico recentemente e o pessoal tem nos ajudado muito”, pontuou. Ele também comemorou a política de capacitação para os servidores técnicos, com os mestrados profissionais, e sugeriu a abertura de um outro curso, com foco em direito público. “Seria muito interessante para a nossa atuação na Universidade. E não vamos abandonar a ideia do doutorado para servidores!”

MUSEU Outra demanda foi em relação à criação de um museu, que reunisse a produção intelectual e artística da comunidade da UnB. “Temos um acervo importante, que não tem a devida visibilidade”, observou o professor Reinaldo Guedes Machado.

Reitora Márcia Abrahão respondeu a questionamentos e mostrou-se entusiasmada com a ideia de um museu. Foto: Heloíse Corrêa/Secom UnB

 

A reitora, entusiasta da criação de um museu para Brasília, com contribuição da UnB, relatou ter levado a ideia para discussão com o governador Ibaneis Rocha. Em relação às demandas por pessoal, ela lembrou dos limites impostos pelo cenário atual. “Trabalhamos com uma nova realidade. Ouvi do anterior e do atual secretário de Educação Superior do MEC que a folha de pagamento de pessoal das universidades é muito alta”, contou.

A diretora de Pós-Graduação, Antonádia Borges, sugeriu um esforço para aprimorar a divulgação de indicadores acadêmicos relacionados à produção da FAU e que acabam não sendo contemplados em avaliações tradicionais. “Quem sabe possamos produzir métricas alternativas, dados sobre o que nossos egressos fizeram, isso pode ajudar a fortalecer o prestígio da faculdade, a valorizar a arte”, disse.

As visitas às unidades acadêmicas e administrativas são uma ferramenta da administração superior para se aproximar da comunidade. “Com isso, procuramos melhorar a comunicação, apresentando a equipe de gestores, ouvindo as demandas e esclarecendo nossas ações”, explicou a reitora.

 

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