A sétima edição do boletim informativo do Comitê Gestor do Plano de Contingência da covid-19 da UnB (Coes) traz um panorama da pandemia da covid-19 no Brasil e no mundo. Os dados disponíveis até a data da publicação do informativo, em 26 de junho, apontavam, no cenário mundial, mais de 9,12 milhões de casos e 473 mil mortes.
>> Leia a sétima edição do boletim na íntegra
O Brasil tinha mais de 1,2 milhão de casos do novo coronavírus e mais de 55 mil óbitos, ao mesmo tempo que 697 mil pacientes estavam tratados e 522 mil ainda em recuperação. Entre os países que lideravam os casos e mortes em decorrência da doença, estavam Estados Unidos (120.171 mil óbitos), seguidos do Brasil e da Rússia. As informações são da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os estados brasileiros que tinham mais casos na semana passada eram, respectivamente, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pará. No Rio de Janeiro, a letalidade era de de 9%, maior que nos outros três estados, onde o índice estava na faixa de 5%. No período, foram registrados mais de 13 mil óbitos em São Paulo; mais de nove mil no Rio de Janeiro; acima de cinco mil no Ceará; enquanto no Pará, as mortes ultrapassam quatro mil.
Esta semana, o Distrito Federal decretou estado de calamidade pública. Os hospitais chegaram a ter mais de 84% dos leitos de UTI ocupados na semana de publicação desta edição do boletim do Coes, e as mortes por síndrome respiratória aguda grave aumentaram nos últimos 14 dias. O informativo aponta que, naquele momento, o DF registrava 35 mil casos da covid-19 e mais de 400 mortes.
Apesar do decreto, o governo distrital autorizou a reabertura total do comércio no mês de julho, em datas específicas para diferentes segmentos. Ainda assim, o boletim do Coes aponta que, em função da fragilidade do sistema de saúde – sobretudo nas regiões administrativas de Ceilândia, Brazlândia, Taguatinga, que já reabriram alguns setores – e da redução da adesão ao isolamento social, pode haver um crescimento na incidência da doença em breve.
O informativo lista os medicamentos novos e antigos que têm sido testados para o tratamento da doença, como cloroquina, azitromicina, remdesivir, lopinavir-ritonavir, nitazoxanida, ivermectina, imunoglobulinas, soro de convalescentes, corticoides, anticoagulantes, imunobiológicos, vitamina D e zinco.
No entanto, é reforçado que, apesar das diversas pesquisas em andamento em todo o mundo, ainda não há uma solução definitiva para tratar a doença. Por isso, nada melhor que a prevenção, com a adoção de medidas como a higiene pessoal, dos materiais e dos ambientes.
Também estão disponíveis informações sobre a preparação para a volta às aulas de maneira segura. O retorno às atividades ainda não tem data marcada. No dia 17 de junho, o projeto de extensão Meninas Velozes promoveu uma live para discutir as condições de retorno e comparar experiências da Universidade com as de instituições na França, como a Universidade de Ruen Normandia e a Sorbonne Paris-Nord.
SAÚDE MENTAL– Garantir o acompanhamento em saúde mental da comunidade acadêmica também é uma das preocupações do Coes e da Universidade. Desde o início da pandemia até o dia 24 de junho, o Subcomitê de Saúde Mental e Apoio Psicossocial do Coes registrou 103 solicitações para atendimento psicológico on-line individual. Entre as ações da instituição, está o Grupo Terapêutico Breve para Familiares de Vítimas da Covid-19. A iniciativa estava com inscrições abertas para os interessados em participar, mas devido à alta procura, elas foram suspensas. Futuramente, o grupo deve abrir novas inscrições.
Para melhorar as estruturas sanitárias dos campi, a Coordenação de Manutenção Predial da Prefeitura da UnB (CAP/PRC) segue com o trabalho de reparação dos banheiros. Já foram revisados 181 banheiros de 19 prédios. Ainda restam 31% dos sanitários que tiveram demanda identificada de manutenção para receber o serviço.
A publicação do Coes também traz link do boletim da UnBTV sobre o aplicativo Guardiões da Saúde, que possibilita o monitoramento da pandemia a partir de informações prestadas pelo usuário sobre seu estado de saúde. O app pode ser usado pela comunidade universitária e qualquer pessoa que desejar.
“A possibilidade de compartilhar o status de saúde permite saber, alguns dias antes, onde o vírus está circulando e vai ajudar os profissionais da linha de frente no combate à covid-19”, explica o epidemiologista e professor da Faculdade de Ciências da Saúde (FS) da UnB Jonas Brant. O estudante da Universidade que se cadastrar no aplicativo Guardiões da Saúde pode ganhar quatro créditos quando o monitoramento acabar. O app está disponível para IOS e Android.
>> Engajamento em app de saúde pode conceder quatro créditos a estudantes da graduação
SOBRE – O Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 (Coes) da UnB é vinculado ao gabinete da Reitoria e presidido pelo decano de Assuntos Comunitários (DAC), Ileno Izídio. O Coes tem elaborado ações de análise, orientação e prevenção e enfrentamento à covid-19 na Universidade, além de monitorar a situação da comunidade acadêmica. Acompanhe a atuação do comitê pelo boletim semanal COES-COVID/UnB. Todas as edições do informativo estão disponíveis para leitura no repositório digital Covid-19 UnB em Ação.
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