Representantes da administração superior da Universidade de Brasília estiveram no Instituto de Psicologia (IP), na última sexta-feira (31), para ouvir as principais demandas de estudantes, professores e técnicos da unidade.
Na reunião, a Reitoria anunciou recente decisão do Comitê Consultivo Permanente para a Gestão de Segurança da Universidade para o cercamento do prédio do Centro de Atendimento e Estudos Psicológicos (Caep), medida que há anos vinha sendo cobrada pela comunidade do IP.
A reitora Márcia Abrahão também se comprometeu a buscar recursos para a solução de um histórico problema do Instituto: a circulação e a refrigeração de ar no Laboratório de Psicobiologia.
“Essa dificuldade se arrasta há anos, por várias gestões. Não temos a adequada renovação de ar no subsolo, o que atrapalha o andamento de pesquisas e projetos”, relatou a professora Laércia Vasconcelos. O aparelho atualmente instalado para esse fim não realiza o processo a contento.
Durante a visita, a comunidade do IP falou também sobre outros desafios. “Desde que o IB deixou o prédio do ICC, tínhamos a expectativa de aumento de nosso espaço físico, mas isso não ocorreu. E a quantidade de professores, técnicos e estudantes aumentou nos últimos anos”, contextualizou a diretora Wânia Cristina de Souza.
“Na maior sala do IP, cabem 60 pessoas. Mas há disciplinas obrigatórias que atendem a um quantitativo maior que esse”, acrescentou o estudante do 5º semestre Caio Hélio de Andrade.
Outra questão relatada por docentes e técnicos foi sobre a carência de servidores e funcionários terceirizados. “Depois da expansão da UnB, não tivemos nenhum acréscimo de pessoal nos quadros da instituição”, explicou o decano de Gestão de Pessoas, Carlos Mota. “As vagas já previstas estarão contempladas no próximo edital para contratação de servidores, inclusive de um psicólogo clínico para o Caep”, adiantou.
SIMPLIFICAÇÃO – A professora Wilsa Ramos defendeu a modernização de sistemas e processos para fazer frente às dificuldades enfrentadas pela falta de pessoal. “Não é apenas mudar o gasto, mas a qualidade do gasto. Para isso, precisamos investir forte em uma mudança de cultura”, disse.
Recentemente, a UnB passou a emitir três documentos acadêmicos por meio digital: o comprovante de matrícula, a declaração de aluno regular e a grade horária. Também o diploma, a partir deste semestre, é emitido pela internet, com segurança, agilidade e validade jurídica.
“O processo de simplificação depende muito de quem está na ponta”, endossou a reitora. Ela falou sobre o trabalho da comissão Simplifica UnB, presidida pelo vice-reitor Enrique Huelva, que vem atuando para a descentralização e para a redução do tempo de tramitação de processos.
“Estamos também implantando o SIG-UnB, um sistema integrado de gestão que funciona on-line. Hoje, a Universidade tem diversos sistemas que não conversam entre si e, pior, só podem ser acessados a partir de determinadas máquinas”, detalhou Márcia Abrahão.
Ao fim da visita, a professora Lúcia Pulino, lembrou que, mesmo com as dificuldades orçamentárias enfrentadas pela UnB – e por outras universidades públicas país afora – o momento era de união.
“A precariedade atual nos faz lembrar que vivemos abaixo da linha do Equador e que estamos em um lugar de resistência”, disse. “A única maneira de superarmos este momento é com união e criatividade.”
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