COVID-19

Objetivo é contribuir para boas práticas de higiene de trabalhadores que não podem realizar trabalho remoto

Efetivo de segurança da UnB mantém trabalho presencial. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

A pandemia do novo coronavírus fez com que sumisse, em supermercados, farmácias e distribuidores, o álcool em gel – recomendado para a higienização das mãos quando não há água e sabão disponíveis. Para contornar o problema, a comunidade da Universidade de Brasília se uniu: Prefeitura (PRC), Decanato de Administração (DAF) e Instituto de Química (IQ) estão fabricando e distribuindo o produto pelos campi.

A iniciativa inédita procura dar mais segurança principalmente aos servidores e funcionários terceirizados – da limpeza e da vigilância, por exemplo – que não podem realizar trabalho remoto. Desde o dia 24 de março, 300 litros de álcool em gel fabricados nos laboratórios do IQ já foram distribuídos no Instituto Central de Ciências (ICC) e nas portarias dos campi de Ceilândia (FCE), Gama (FGA) e Planaltina (FUP). A Fazenda Água Limpa (FAL) e a Casa do Estudante Universitário (CEU) também receberam quantidades.

De acordo com o prefeito Valdeci Reis, a distribuição continuará sendo feita pela Diretoria de Segurança (Diseg/PRC) às portarias de prédios com maior fluxo de pessoas. “A intenção é garantir a primeira higienização dos usuários correntes destes prédios, que continuam frequentando esse locais por desempenharem serviços essenciais, como a segurança, que não pode ser remota”, ressalta.

Professor Floriano Pastore coordena produção de álcool em gel em laboratório do IQ. Foto: Reprodução UnBTV

 

O álcool em gel produzido teve como matéria-prima 200 litros de álcool líquido 96%, comumente utilizado em limpeza. Esse material já estava no estoque do Almoxarifado da PRC. No laboratório do IQ, uma equipe liderada pelo professor Floriano Pastore diluiu o produto (para diminuir a percentagem e chegar aos 70% recomendados à higiene das mãos) e o combinou à carboximetilcelulose, insumo empregado na produção de látex, que confere o aspecto de gel.

Além do docente, estão envolvidos no trabalho os pesquisadores João Neres Junior e Luis Carlos Pimentel, com apoio de cinco integrantes da Consultoria e Serviços em Tecnologias Químicas (CSTQ), empresa júnior de Química da UnB. “Somos parte de um laboratório e eu fui o responsável pela Fábrica Escola de Química (FEsQ), então temos um retrospecto. Não se trata de algo experimental na bancada do laboratório, é uma produção que tem já tem fluxo de produção industrial”, aponta Pastore, destacando protocolos de segurança para lidar com o material inflamável.

O professor destaca o papel da Universidade e de centros de pesquisa neste momento crítico. “Sinto orgulho de estar dando essa contribuição com a minha equipe, dominando um processo diferente de produzir álcool em gel. Estamos sendo contatados por outras instituições para possibilidade de parceria na fabricação e suprimento deste produto para outros locais”, conta. “Enquanto não há crise, o conhecimento das universidades não é notado pela sociedade, mas quando necessário ele surge e se mostra pujante e forte”, afirma.

 

*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.

 

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