COVID-19

Uma das várias ações da Universidade no combate ao coronavírus, o projeto conta com costureiras voluntárias e produz 1.500 máscaras por semana

Máscaras cirúrgicas produzidas pelo HUB e UnB serão destinadas para uso no hospital. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

O momento é de solidariedade. Sentimento que algumas costureiras mostraram que têm de sobra. Elas abraçaram a proposta do Hospital Universitário de Brasília (HUB) e da UnB de produzir máscaras cirúrgicas para os profissionais do HUB e estão trabalhando como voluntárias no projeto.

 

“Profissionais de saúde estão trabalhando e se arriscando por nós. Ajudar na produção de máscaras para garantir a proteção desses trabalhadores é o mínimo que podemos fazer”, garante a costureira Ana Bomfim. Ela é dona de uma malharia e, mesmo com a loja fechada e o caixa parado, decidiu atuar como voluntária no projeto.

 

A iniciativa começou no dia 16 de março e conta com, além das costureiras, voluntários que atuam na busca por fornecedores de matéria-prima e doações, transporte e distribuição do material. Ao todo, são cerca de 15 voluntários que garantem a produção de 1.500 máscaras por semana. O plano é expandir a produção e também disponibilizar aventais cirúrgicos.

 

“Receber a solidariedade e o apoio da sociedade civil tem sido um alento para os profissionais de saúde. Ficamos gratos e emocionados com essa ação, feita de forma tão responsável”, afirma a apoiadora técnica do projeto e gerente de Ensino e Pesquisa do HUB, Dayde Mendonça.

 

A professora do Departamento de Design da UnB Daniela Garrossini, uma das idealizadoras da ação, diz que a preocupação com os profissionais de saúde é muito grande. “É uma questão humanitária. Os trabalhadores da saúde estão na linha de frente e precisam estar protegidos para atender a população de forma adequada”, conta.

 

A ideia surgiu com o novo cenário mundial causado pela pandemia do coronavírus: a falta de equipamentos de proteção individual (EPI) no mercado. Instituições de saúde do mundo todo estão tendo dificuldade para adquirir esses materiais e buscam soluções alternativas. A produção das máscaras cirúrgicas segue resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

UnB CONTRA A COVID-19 Além deste projeto para confecção de máscaras, a UnB também está produzindo álcool em gel máscaras protetivas, chamadas de face shields, e cedeu máquinas utilizadas na testagem de Covid-19 para o Laboratório Central do Distrito Federal, o Lacen.

 

A cooperação da UnB com os trabalhos do DF no combate ao coronavírus continua forte. A Faculdade de Ceilândia (FCE/UnB) disponibilizou para o Lacen a servidora Lorena Noronha, técnica responsável do Laboratório de Análises Clínicas da FCE. O trabalho de Lorena tornará mais ágil o processo de diagnósticos realizados no Lacen.

 

Foi também disponibilizado o equipamento de laboratório que contribui para o encurtamento dos prazos para liberação dos resultados dos testes. Para utilização do equipamento são necessários kits de purificação que disponibilizados pelo professor do curso de farmácia da FCE Rodrigo Haddad, em uma quantidade que possibilitará a extração de aproximadamente 1200 amostras. Também faz parte da ação o epidemiologista Wildo Navegantes de Araújo, representante da FCE no Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde da Covid-19 (COES).

 

HISTÓRICO – Desde o anúncio do surgimento da epidemia, já foram instituídos o Comitê Gestor do Plano de Contingência da Covid-19 (COES) e o Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão de combate à COVID-19 (CPIE). O primeiro é um comitê orientador composto por professores, técnicos e estudantes de diversas áreas centrais da UnB. O segundo é destinado a congregar ações de Extensão, Pesquisa e Inovação relacionados à Covid-19 e lançou chamada pública de projetos que poderão ser financiados pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF). Cerca da 120 projetos se candidataram.

 

Como ajudar

Para garantir a produção das máscaras cirúrgicas, o grupo precisa de mais material. Confira a lista dos produtos que podem ser doados:
• Linha branca 5.000 jardas
• TNT gramatura 40 (rolo de 50 metros)
• Fio elástico roliço (100 metros)
• Manta de SMS não tecido em polipropileno, tamanho 150x150/60gr
• Fio de alumínio revestido (amarilho) 0,8 cm (fecho elástico)
Para doar ou apoiar o projeto como voluntário, ligue para 98123-7055 (Daniela Garrossini). Para outros tipos de doações, procure a Associação de Voluntários do HUB pelo telefone 98401-8039 (Daniele).

 

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* Com informações dos setores de comunicação do HUB e da FCE 

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